Vice-líder
No domingo (5), o Bahia mostrou sua força ao superar o Botafogo por 2 a 1 na quinta rodada do Campeonato Brasileiro. A vitória colocou o Bahia na vice-liderança do torneio, com dez pontos.
O Tricolor teve um primeiro tempo equilibrado contra o Botafogo. Everaldo, um dos destaques do time, abriu o placar com um pênalti bem executado.
No segundo tempo, o Bahia enfrentou uma pressão intensa nos primeiros minutos, com Jeffinho empatando para o Botafogo. No entanto, o time reagiu no final do jogo, com De Pena fazendo um excelente passe para Rafael Ratão, que driblou o goleiro e marcou o gol da vitória.
Manutenção da zaga
O técnico Rogério Ceni optou por manter a dupla de zaga formada por Kanu e Gabriel Xavier. Ceni explicou que a decisão foi tomada com base no estilo de jogo do Botafogo e não descartou a possibilidade de Cuesta retornar na próxima partida.
Ceni destacou a importância da manutenção da zaga, citando a velocidade do Botafogo como um fator determinante. Ele também mencionou que a equipe manteve o mesmo nível de atuação dos jogos na Fonte Nova, o que é um motivo de celebração.
“Para mim a manutenção (da zaga) se deve muito a velocidade do Botafogo. O Botafogo é um time que ataca muito nas costas da última linha. O Cuesta ficou alguns dias parado, e decidimos em função da velocidade deles ter o Kanu. Mas não é nada que o Cuesta não possa estar de volta no próximo domingo. Vamos analisar a semana de trabalho. Os três são muito importantes para mim. Eu treinei essa semana duas formações distintas. Treinei com três zagueiros. Mas queria passar um recado para os jogadores, de que não é porque estamos fora de casa que a gente precisa mudar a maneira de jogar. No segundo tempo começamos a sofrer, aí mudamos para ter mais força no meio de campo. Fico feliz porque a rodagem no elenco em janeiro e fevereiro é o que nos possibilita repetir a equipe”, disse Ceni.
O professor também comemora o fim do tabu nesta temporada, vencendo fora de casa: “Fico feliz porque, pela primeira vez fora de casa, a gente conseguiu render como também rende na Fonte Nova. Pelo menos nos primeiros 45 minutos”
Pressão é outra coisa
Ao ser questionado sobre a pressão no Bahia, Ceni fez uma reflexão sobre a situação atual no Rio Grande do Sul, onde 265 municípios estão em estado de calamidade devido às chuvas. Ele ressaltou que a pressão vivida pelas pessoas afetadas é muito maior do que qualquer pressão no futebol.
Ceni enfatizou que a verdadeira pressão é perder sua casa e sua família, e que o futebol, no final das contas, é apenas entretenimento. Ele também mencionou que seu pai é gaúcho, o que torna a situação no Rio Grande do Sul ainda mais pessoal para ele.
“Pressão é o que as pessoas estão vivendo no Rio Grande do Sul. É triste. Isso aqui é muito pouco perto do que as pessoas estão passando. Isso é pressão na vida. Perder sua casa, sua família. É triste. É uma reflexão. Tudo tem seu momento. É muito triste a gente falar de futebol vendo tanta gente passar por essa situação. Meu pai é gaúcho. Isso é muita pressão. Acho que temos 26 ou 27 jogos com 20 vitórias no ano. Perdemos a final do estadual, isso gera uma pressão. Mas a pressão da vida, essa é a parte mais triste. Pressão é morar embaixo da arquibancada, é perder a vida. Aqui é esporte, é entretenimento”, finalizou o técnico.
Com uma semana livre pela frente, Ceni e sua equipe terão tempo para se preparar para o próximo desafio. O Bahia voltará a campo no próximo domingo (12), contra o Bragantino, na Arena Fonte Nova, às 18h30 (horário de Brasília).