Nesta quarta (31) o lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians, virou réu em processo criminal por conta da suposta injúria racial cometida contra Edenilson, do Internacional, na partida realizada no dia 14 de maio pelo Brasileirão. De acordo com o volante colorado, ele foi chamado de macaco pelo lateral-direito da equipe alvinegra, o que é negado veementemente pelo jogador.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público contra o jogador foi recebida na última terça (30) pelo juiz Marco Aurélio Martins Xavier, da 14ª Vara Criminal e Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Foro Central da Comarca de Porto Alegre. “O fato contido na peça acusatória foi veiculado em imagens, captadas, inclusive, em rede nacional: ainda que passíveis de exame percuciente, na fase probatória, permitem a conclusão da ocorrência substancial do fato e dos indícios da autoria delitiva, atribuída na denúncia. Com efeito, é plenamente viável a pretensão acusatória”, alegou o juiz, que também afirmou que “foram esgotadas as vias conciliatórias.”
É preciso ressaltar que em junho, a Polícia Civil havia indiciado Rafael Ramos, mesmo após apresentação do laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul concluir que não foi possível identificar o que foi dito pelo jogador alvinegro após analisar imagens da partida. Em 14 de maio, durante o empate por 2 a 2 entre Inter e Corinthians, Edenílson acusou o jogador do Timão de chamá-lo de “macaco” em uma disputa de bola na linha lateral. Após o jogo, Rafael Ramos foi detido em flagrante pela polícia por injúria racial e liberado após pagar fiança de R$ 10 mil.
Atualmente, o caso também segue sob investigação da esfera esportiva onde iria ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na última terça (30), no entanto, a audiência foi adiada para a próxima semana. Além disso, em datas diferentes, ambos os atletas prestaram depoimentos no STJD e mantiveram as versões apresentadas anteriormente.