O Fluminense vem de uma vitória por 2 a 0 sobre o Argentino Juniors na Copa Libertadores da América e dessa forma, se classificou para as quartas de final da competição continental, onde irá enfrentar o Olimpia, do Paraguai, que eliminou o Flamengo nas oitavas. Apesar da comemoração pela vaga, outro assunto veio à tona nos bastidores: Marcelo.
Na partida de ida das oitavas da Libertadores, na Argentina, o lateral-esquerdo deu uma entrada involuntária que atingiu a perna de Luciano Sánchez, do Argentinos Juniors, resultando em uma séria lesão. Diante disso, o atleta foi expulso e na última quinta-feira (10), a Conmebol puniu o atleta com três jogos de suspensão (um já foi cumprido), sendo assim, ele está fora das quartas de final.
Agitou a torcida do Fluminense
Dessa forma, o ex-árbitro e comentarista de arbitragem, Sálvio Spinola, criticou a decisão tomada pela Conmebol referente a Marcelo. “Foi uma polêmica muito grande essa punição ao Marcelo, porque não tinha o relato e depois veio a informação que o árbitro colocou ‘jogo brusco violento’. Nós já vimos tantas condutas piores que essa sem punição, podemos falar de racismo, de outras situações onde a Conmebol praticamente fechou os olhos… achei exagerada, vou na linha do Diniz, a regra de futebol não pune pelo resultado, cuspir é cartão vermelho, se eu cuspir e atingir a chuteira ou o rosto do adversário é mesmo cartão vermelho, pela ação. No lance do Marcelo, a expulsão foi muito mais pelo resultado do que pela ação. E aí o tribunal também, muito mais pelo resultado”, iniciou.
Além disso, Spinola seguiu criticando a punição. “Considerei exagerada. Conversei com alguns advogados e juristas que militam na Justiça desportiva, todos também consideraram exagerada; se criou uma jurisprudência. Por que aquele pisão deu 3 jogos de punição e outras situações mais graves de jogo brusco grave não tiveram uma punição tão severa? Qual o critério? Uma competição precisa definir o critério e seguir a linha. Quando muda a linha, você fica com dúvida do qual a intenção. Para mim, mudou a linha com a punição de 3 jogos: houve situações muito mais graves que não causaram uma lesão tão grave e o Tribunal Disciplinar da Conmebol não deu uma pena tão severa. Foi exagerada”, concluiu.