Reencontro com os ex’s

O Cruzeiro entra em campo nesta quinta-feira (03), para encarar o Fluminense, às 21h30, pelo horário de Brasília, no Maracanã, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro Betano. O duelo pode colocar a Raposa no G-6.

A partida marca o reencontro de ambos os times com ex-treinadores. De um lado Fernando Diniz, técnico do Cruzeiro, deixou recentemente o Fluminense, do outro Mano Menezes, atualmente no clube carioca, reencontra o Cabuloso.

Mano Menezes teve uma das passagens mais vitoriosas pelo time, conquistando duas Copas do Brasil (2017 e 2018) e dois Campeonatos Mineiros (2018 e 2019). O técnico foi demitido em agosto de 2019, após derrota por 1 a 0 para o Internacional, no Mineirão, na partida de ida das semifinais da Copa do Brasil, técnico vinha de uma sequência de apenas uma vitória em 18 anos.

Vale lembrar que antes disso, o técnico teve uma outra passagem pelo clube mineiro um mais breve entre setembro a dezembro de 2015, porém foi o suficiente para livrar o time do rebaixamento. Ao todo Mano comandou o Cruzeiro em 235 jogos, com 112 vitórias, 69 empates e 54 derrotas, com 57,45% de aproveitamento.

Apesar do passado vitorioso do técnico com o clube mineiro, o reencontro não marca apenas um confronto dentro das quatro linhas, isso porque fora de campo Mano vive um verdadeiro imbróglio com o Cruzeiro.

Briga na justiça

Mano é parte de um processo de recuperação judicial contra o Cruzeiro que está devendo R$1.468.722,41 ao treinador. A dívida é cobrada desde maio de 2020 referente ao contrato de direitos de imagem feito na segunda passagem.

Devido ao longo processo e prazo para execução das etapas de pagamento, Mano fez críticas à SAF da Raposa. “Eu estou com uma dívida trabalhista dos salários que o Cruzeiro não me pagou. Não entrei na Justiça pedindo isso, hora extra, nada, zero. É do dinheiro que o Cruzeiro disse que me devia, colocou no acordo e não me pagou. Então, me obrigou a entrar na Justiça para receber”, disse em entrevista ao TNT Sports.

“Eu achei esse negócio da SAF, uma parte desta questão da SAF, uma grande vigarice. Porque se existe uma coisa sagrada no Brasil são os direitos trabalhistas. Então, na medida em que você permita que se faça uma SAF e pode direcionar e parcelar dívidas de contratação, dívida disso ou daquilo, as dívidas trabalhistas você tem que cumprir, porque no país isso sempre foi sagrado”, disparou.