Altitude e escolhas de Tite prejudicaram em La Paz
O Flamengo acabou tropeçando na Libertadores e foi derrotado por 2 a 1 jogando fora de casa diante do Bolívar, pela terceira rodada da competição continental. A equipe vinha de uma vitória e um empate na Liberta.
Um dos grandes desafios enfrentados pelo elenco rubro-negro foi a altitude em La Paz, a 3640 metros acima do nível do mar. O zagueiro Fabrício Bruno expressou sua frustração com o resultado negativo. Outro detalhe que impactou no resultado e rendeu críticas ao técnico rubro-negro foi o fato de Tite ter decidido colocar uma formação bastante alterada, principalmente devido a uma série de desfalques.
Alguns torcedores já passaram não apenas a criticar como pediram a saída do treinador. Para Mauro Cezar Pereira o técnico errou em ter colocado em campo uma equipe alternativa em uma partida da Libertadores. O colunista destacou a inexperiência dos jogadores escolhidos por Tite para o jogo contra o Bolívar.
“O que está acontecendo claramente é que o argumento da ciência está sendo utilizado como se fosse irrefutável. Não é, uma outra comissão técnica, com outros profissionais, com as mesmas informações, talvez optasse por levar esses jogadores que ficaram no Rio para pelo menos ficar no banco, participar de um pedaço do jogo, o banco do Flamengo contra o Bolívar só tinha garotos, à exceção do Luiz Araújo. A atuação foi ruim, a estratégia não funcionou, tudo deu errado”, disse durante o Posse de Bola.
“Parece realmente, embora ninguém vá assumir, que foi mais ou menos o seguinte: lá é um jogo quase perdido, vamos então preservar esses caras. Ok, mas se é para preservar é para tê-los inteiros e ganhar no domingo contra o Botafogo e na quarta fazer um bom placar para ter uma certa gordura para o jogo de volta, que vai ser em Manaus, e seguir, depois tem o Bragantino fora de casa, é para ter uma semana gorda de resultados e boas exibições. Se não for isso, então alguma coisa não bate”, avaliou.
Faltou paciência na torcida
Alguns torcedores chegaram a pedir a saída do treinador, atitude rebatida pelo colunista. “Só acho que também não é para isso tudo, com fora Tite, aí já é palhaçada, aí já é demais. O cara perdeu o primeiro jogo no meio do ano. A crítica pontual, específica, a semana, as escolhas, a esse jogo, perfeito, estou aqui criticando, mas isso não significa que isso tem que mudar tudo, até quando o Flamengo vai viver assim?”.
“Agora, como é ano eleitoral, a gente sabe que algumas pessoas de dentro do clube sempre vão vazar aqui ou acolá que há insatisfação, que ninguém quer mais o cara, não é bem assim. Então, é preciso um pouquinho de calma”, completou.