Duas novas propostas de organização do Campeonato Brasileiro estão sendo discutidas pelos principais dirigentes do cenário futebolístico atual: A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e a Liga Forte Futebol (LFF). Ambos os blocos buscam consolidar uma proposta que seja capaz de fornecer um modelo competitivo mais atrativo aos clubes da Séria A e da Série B do Brasileirão a partir de 2025.
Com isso, para que este objetivo seja concluído com sucesso, a ideia de que haja um consenso das principais equipes do futebol atual até os próximos meses deve ser primordial segundo os interessados, para que um dos projetos seja levado ao ‘mercado de investidores’ em busca de novos acordos comerciais.
Principal liderança do Clube Atlético-MG, o presidente Sérgio Coelho, pontuou que para que uma das frentes entrem em acordo, será necessário o apoio das duas maiores torcidas brasileiras: Corinthians e Flamengo. Defensor da LFF, Coelho acredita que ambas as equipes não visualizam com bons olhos nenhuma das duas propostas, pois estão submetidas à cláusula de garantia de direitos de transmissão televisiva, pela qual o modelo atual implementado pela CBF, em parceria com o Grupo Globo, estabelece exclusividade nos direitos de transmissão.
Em entrevista ao GE, Coelho afirmou: “A liga do futebol brasileiro tem que ser os 40 clubes, 20 da Série A, outros 20 da Série B. E com capacidade de organizar os Brasileiros das duas divisões, vender as propriedades juntos. Se não for dessa forma, as associações (LFF e Libra) não irão organizar seus campeonatos. Cada associação venderá seus direitos em blocos”.
“O Atlético tem desempenhado muito, assim como outros times, para tentar a união dos dois blocos. Existe um ponto muito difícil de se acertar, que é a cláusula de garantia ao Flamengo e ao Corinthians. Nós, da LFF, não concordamos com isso. Assim como a Leila (Pereira, presidente do Palmeiras) percebeu e não aceita também. E acredito que outros clubes da Libra deveriam acompanhar esse raciocínio. Se eles perceberam e estão de acordo, então paciência…”, completou Sérgio Coelho em entrevista ao GE.