O Coritiba, sem dúvidas, é uma equipe que precisará se esforçar e muito para se recuperar da Z4 do Campeonato Brasileiro. Ainda que a competição ainda caminhe para a sua nona rodada, o risco iminente de rebaixamento é real e perigoso para a equipe comandada pelo técnico Antônio Carlos Zago e presidida por Glenn Stenger.

Mas não é só de más notícias que vive o torcedor do Coxa. Nesta semana, o conselho deliberativo do clube aprovou a compra do grupo empresarial Treecorp. Com isso, o Coritiba será gerido através do modelo de SAF, isto é, deixa de ser uma instituição do terceiro setor, para ser incorporada como uma Sociedade Anônima do Futebol, com fins lucrativos.

No entanto, é válido ressaltar que ainda há a necessidade de aprovação do juízo da Recuperação Judicial (RJ). Até a finalização deste processo de transição, a Treecorp afirma que procura “entender” o Coxa e aplicar os planos de reformulação. O investimento total da compra é de R$ 1,3 bilhão por 90% do controle dos direitos administrativos, jurídicos e financeiros da nova SAF.

Para além das questões administrativas internas, em nota divulgada nesta quarta-feira (31), a empresa garante que o ‘sucesso’ dentro de campo não será imediato, apesar do esforço comunicado pelo processo de reformulação do clube. A Treecorp ainda exalta a memória do Coxa, fazendo questão de pontuar que reconhece a grandeza do primeiro campeão brasileiro paranaense, fazendo alusão à conquista de 1985.

“Nosso projeto tem como objetivo estabelecer as bases estruturais necessárias para que o Coritiba volte a ser protagonista no cenário esportivo. Planejamos uma revolução em termos de administração, infraestrutura, governança corporativa, transparência e tecnologia. Temos plena consciência de que o sucesso esportivo não será imediato, mas estamos comprometidos com um progresso constante e palpável para o torcedor”, diz Bruno Levi D’Ancona, sócio-diretor do fundo.