Momento de mudança

O Cruzeiro passa por um momento de mudança na gestão, isso porque o empresário Pedro Lourenço se tornou oficialmente o dono de 90% das ações da SAF da Raposa, que foi comandada por dois anos por Ronaldo,

Pedro Lourenço confirmou na última segunda-feira (29) não apenas a compra da SAF da Raposa como também aproveitou para também garantir a permanência do técnico Fernando Seabra.

O novo dono da Sociedade Anônima do Futebol do Cruzeiro também fez uma projeção para a chegada de reforços. Enquanto uns chegam outros dão adeus, foi o caso de Paulo André que decidiu deixar o cargo de diretor interino de futebol do clube no final de abril.

Paulo André revelou o sentimento após ter deixado a Raposa. O executivo afirmou ter a sensação de dever cumprido e de gratidão pela história vivida no clube além disso, recordou que chegou ao clube mineiro devido a sua relação com Ronaldo. “Foi. Essa relação começa lá em 2009, quando vou para o Corinthians, e o Ronaldo já está lá. É um cara muito divertido, muito curioso. A gente se conecta e essa amizade vai crescendo. Nos aproximamos muito. Quando o Ronaldo encerra a carreira, perdemos um pouco de contato.”, contou em entrevista ao Abre Aspas.

“Quando eu saio do Athletico, o Ronaldo promove um torneio de tênis na casa dele. E lá comenta sobre o Valladolid, me convida para visitar e conhecer a estrutura. Algum tempo depois, eu acabo indo trabalhar lá. Quando ele faz o que parecia uma loucura – e hoje se mostrou um grande acerto – que foi comprar o Cruzeiro, eu venho junto com ele.”, prosseguiu.

Bastidores quentes

O executivo ainda revelou que situação do Cruzeiro era muito complicada quando chegou ao clube. “Tinha de tudo. Absurdos, condições inacreditáveis e totalmente lesivas ao clube. Era um negócio assustador. A condição da Toca 1, da base, deplorável, colapsando. Não havia área de mercado, área de performance, não havia nada.”.

Paulo André ainda contou que Ronaldo passou a trabalhar pela Raposa antes mesmo de comprar a SAF. “O Ronaldo foi maluco, porque ele começa a atuar no clube sem ter comprado o clube. Isso não existe em um processo de reestruturação. Ele deveria [entrar] só depois da aprovação, pelo conselho, da compra. Mas a gente entrou bem antes.”, contou.

“Ele coloca dinheiro antes para liberar transfer ban, para a gente poder inscrever jogador, para poder jogar o campeonato (Mineiro). Foi um processo à brasileira, mas ao mesmo tempo foi o que o Cruzeiro precisava. Se não fosse daquele jeito, eu acho que não teria dado jeito. E aí se perderia aquele ano, que talvez fosse o ano derradeiro, da destruição desse clube gigantesco e maravilhoso que é o Cruzeiro.”, completou.

O que pensa o torcedor