Decisão controversa da CBF
O Cruzeiro entra em campo para encarar o Palmeiras, nesta quarta-feira (04), às 21h30, pelo horário de Brasília, para encarar o Palmeiras, em duelo válido pela penúltima rodada do Brasileirão Betano, no Mineirão, em Belo Horizonte. O time que está na nona colocação e busca se garantir na Libertadores, foi surpreendido por uma decisão da CBF que prejudicou a equipe.
Jornalista André Rizek criticou duramente a decisão da CBF de realizar o jogo no Mineirão sem a presença de público, afirmando que a medida prejudica principalmente o clube mineiro. Durante o programa Seleção SporTV, Rizek questionou a postura da CBF, considerando que a decisão não favorece o Cruzeiro.
Prejuízo na Toca
Na avaliação do apresentador, o time perderá a oportunidade de contar com o apoio de sua torcida em um momento crucial da temporada. “Não posso fazer um jogo sem isonomia; se no turno houve duas torcidas, não pode ter só uma torcida no jogo do returno. Então a CBF, apoiada pelo Palmeiras, entende que essa é a solução“, afirmou o apresentador.
Henrique Fernandes deu coro a declaração de Rizek e também criticou a decisão da entidade máxima do futebol brasileiro. O comentarista destacou que a medida da CBF favorece o Palmeiras, que está em busca do título, e prejudica o Cruzeiro de diversas formas.
Fernandes enfatizou que, enquanto o Cruzeiro jogou com a torcida majoritariamente palmeirense no jogo de ida, agora o clube mineiro se vê privado de seu próprio torcedor em casa, o que representa não apenas um golpe esportivo, mas também financeiro, já que o clube perderá a receita proveniente da venda de ingressos. “O Cruzeiro sai muito mais prejudicado“, observou Fernandes.
“O Cruzeiro jogou com 90% (torcida do Palmeiras) contra 10% (torcida visitante) no turno contra o Palmeiras em São Paulo, no turno, e agora vai ter um prejuízo financeiro com o jogo sem torcida no Mineirão. O Cruzeiro não vai ter o seu torcedor no último jogo em casa em 2024”, concluiu Fernandes.
Motivo da decisão
A decisão foi tomada após uma recomendação do Ministério Público de Minas Gerais, que sugeriu a realização do jogo com torcida única em razão dos episódios de violência entre as torcidas dos dois clubes. A briga entre membros das torcidas organizadas, ocorrida em outubro, resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro e deixou outros 12 feridos.
A CBF, no entanto, preferiu manter o princípio da isonomia, visto que no jogo do turno, em São Paulo, as duas torcidas estavam presentes, algo que o Palmeiras usou para justificar sua posição contra a presença de torcida única. Porém, a decisão pode gerar uma série de consequências para o Cruzeiro, principalmente por se tratar do último jogo da equipe em casa na temporada de 2024. Para o Cabuloso, que luta para garantir uma vaga na Libertadores do próximo ano, a presença de sua torcida seria um fator importante, além disso, do prejuízo financeiro.
