Retomando o calendário
O Grêmio já retomou as suas atividades e se prepara para finalmente retomar o calendário de jogos após a tragédia que atingiu o Rio Grande Sul em que diversas cidades foram destruídas pelas enchentes que atingiram a região.
A equipe gaúcha segue tendo que lidar com diversos problemas que envolvem a logística e questões esportivas e aguarda inclusive a decisão da CBF sobre a questão do mando de campo do time, já que atualmente não pode contar com a sua casa.
E quando o assunto é a Arena, a situação pode ser ainda mais dramática já que o presidente Alberto Guerra admitiu que existe a possibilidade de o Grêmio não mais jogar no estádio este ano devido os danos sofridos no local. O Imortal tem realizado seus trabalhos no CT Joaquim Grava. O técnico Renato Portaluppi que estava visivelmente emocionado durante a coletiva, destacou que o time tem enfrentado desafios com a questão psicológica dos atletas.
Desafios emocionais
“Está sendo muito difícil essa parte psicológica. Eles (jogadores) estão com a cabeça aqui, têm treinado, mas sempre na preocupação com o nosso povo, com a família deles. A maioria tirou a família de lá, então a saudade deles também é imensa”, iniciou o treinador.
Renato ainda pontuou que o time está prejudicado e em desvantagem com relação aos outros clubes. O técnico lembrou o longo período que o Tricolor está sem entrar em campo. A última vez que a equipe entrou em campo foi em 30 de abril no empate sem gols diante do Operário pela Copa do Brasil.
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“O Grêmio está e vai ser prejudicado, os clubes não têm culpa, eles tão jogando, tanto na parte física quanto na técnica, e o Grêmio está praticamente um mês sem jogar, a desigualdade é muito grande. Tenho conversado com o presidente, mas é entre ele e a CBF. A cabeça dos jogadores está muito ruim. Somente quem está lá sabe o sofrimento que o povo tem passado”, disse emocionado.
“É difícil até de falar, eu estou bastante emotivo. Tenho família no RS, penso de manhã, de tarde e de noite no povo lá em geral. Tenho ajudado bastante, o grupo tem ajudado bastante. Mas é a cabeça, né, é difícil de falar. Quem está no meio do furacão que sabe o que está acontecendo.”, contou antes de prosseguir:
“Muita gente acha fora do RS que depois a água baixa e tudo volta ao normal, não volta. Muita gente perdeu tudo, por isso que estamos aqui levantando a bandeira do nosso estado. Se não está sendo fácil para nós aqui, imagina para quem está lá. Nós temos um povo lutador, unido, vamos dar a volta por cima. O sofrimento é grande no momento, mas vamos vencer” afirmou.
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