Começou com pé esquerdo
A temporada começou oficialmente para o Bahia na noite da última quarta (17), quando a equipe recebeu na Itaipava Arena Fonte Nova o Jequié. Contudo, a equipe Tricolor foi surpreendida em seus domínios e perdeu por 1 a 0 na estreia do torneio estadual.
Como o elenco principal está realizando a pré-temporada na Inglaterra nas instalações do Manchester City, coube ao elenco alternativo para dar início a sua caminhada na competição baiana.
Logo após o término da partida, o técnico Rogério Ferreira analisou o desempenho sobre a partida e enfatizou a inexperiência dos seus atletas.
“Acho que o cenário é esse mesmo. O Jequié é uma equipe mais experiente, achou o gol cedo e deixou o jogo picado. A falta de experiência fez com o que os jogadores se preocupassem e começassem a errar. Depois o cansaço vem, os jogadores ficam irritados. Isso acaba refletindo nesse cenário que a gente acabou vendo”, afirmou Ferreira.
Pouco tempo para o entrosamento
Logo após, o treinador também enfatizou que o resultado do duelo foi resultado de um time mesclado com atletas profissionais e do sub-20 e que teve pouco tempo para se entrosar.
“Coletivamente a equipe não foi bem. Até porque não existe um coletivo. É metade de uma equipe com metade de outra. Não faltou empenho de ninguém, mas acredito que quem veio do profissional sentiu mais o ritmo”, começou dizendo.
E logo, após completou: “São jogadores que não tiveram minutos na temporada passada. Sei que a torcida fica impaciente, mas a gente precisa ter paciência para entender essas coisas”.
Ainda na coletiva, o treinador foi questionado sobre os erros cometidos pelo Bahêa em casa, mas preferiu não dar tanta ênfase nos problemas apresentados dentro das quatro linhas.
“A pergunta é assunto para muito tempo. Não vou usar como desculpa, mas o emocional influencia na tensão do corpo, na maneira como o jogador se posiciona. Concordo que foram muitos erros. O jogador hoje chega no profissional com menos jogos que no passado. Acho que o trabalho técnico passou a ser entendido como ultrapassado, mas ele nunca vai sair”, começou explicando.
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Análises do treinador
“Acho que falta um pouco de equilíbrio. Nossa cultura de ter que ganhar, ganhar e ganhar, muitas vezes o treinador da base já pensa em montar equipe para ganhar, e não consegue resolver questões técnicas. A gente precisa, como país, resgatar a boa relação com a bola. Entender o que é mais necessário para cada idade, para ter um jogador mais técnico”, concluiu.
Agora, o Bahia volta a campo no próximo domingo (21), às 16h (horário de Brasília), fora de casa contra o Atlético de Alagoinhas.
O duelo terá como palco o Carneirão e com mais uma vez com uma equipe alternativa, já que o elenco principal segue no Velho Continente.