Bahia vacila em casa e Ceni critica falta de intensidade do elenco
Na tarde deste domingo (13), o Bahia deixou escapar uma oportunidade valiosa ao apenas empatar por 1 a 1 com o Mirassol, em plena Arena Fonte Nova. O resultado decepcionante gerou insatisfação não apenas na torcida, mas também no técnico Rogério Ceni.
Em entrevista concedida após o apito final, o treinador não poupou críticas e apontou a falta de ambição e energia dos seus comandados nos minutos iniciais do confronto como fator determinante para o tropeço. Ceni demonstrou preocupação com o que classificou como um início de jogo morno e sem a entrega necessária para impor o ritmo dentro de casa.
“O início do jogo é determinante. A gente não pode ir para o Uruguai, conseguir um resultado histórico e se acomodar no jogo seguinte. A postura foi determinante para correr atrás no final”, disse Rogério Ceni.
Atitude mental
Além do evidente desgaste físico causado pela recente viagem ao Uruguai, Rogério Ceni voltou a bater na tecla da desatenção. Para o treinador, o Bahia entrou em campo desligado, sem a concentração necessária para encarar a partida com seriedade desde os primeiros instantes. Segundo ele, o time pecou não só pelo cansaço, mas por não demonstrar a atitude mental que a situação exigia.
“O cansaço e as trocas vão variando, mas não podemos. Não podemos nos dar ao luxo de entrar desfocados. O Mirassol é um bom time, jogou bem contra Cruzeiro e Fortaleza… Mas está muito ligado a esse início de jogo e custou o resultado. Foram os piores minutos que jogamos esse ano”.
“A minha preocupação é que o Bahia jogue bem e vença seus jogos. Temos que vencer jogos e daí futuramente olharmos para a liderança do Campeonato. Finalizamos três vezes mais que o adversário. Isso demonstra que conseguimos chegar lá, mas o Mirassol é uma equipe boa, organizada. Eles têm uma posse de bola que cansa, tem passes assertivos. Em matéria de criação, tivemos o triplo de oportunidades. É uma realidade e não podemos fugir”, enfatizou.
“Tem um limite, os caras viajam, temos que recuperar e treinar outros. Se colocar os caras para finalizar demais… Eles não são máquinas. Tentamos trabalhos individualizados. É o que fazemos para termos o time inteiro para os jogos. Você descansa um dia, pega avião, retorna de madrugada… É puxado. Sei que cada um tem sua profissão, mas o atleta precisa de energia para chegar no fim do jogo e tomar uma boa decisão. Estamos próximos de 27 jogos. É bastante. Mas nada influencia o começo ruim que tivemos”, finalizou o treinador.
Próximo desafio
O próximo desafio do Esquadrão do Aço já tem data e local marcados. Na próxima quinta-feira (17), o Tricolor viaja até Belo Horizonte para encarar o Cruzeiro, em duelo válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.
Atuando longe de seus domínios, a equipe comandada por Rogério Ceni buscará retomar o caminho das vitórias diante de um adversário tradicional e sempre perigoso dentro do Mineirão. Será mais um teste de fogo para o elenco, que precisa mostrar reação após o tropeço em casa.

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