Uma contratação de alto custo
Quando o Cruzeiro anunciou a chegada de Rogério Ceni em 2019, a expectativa era de que o treinador pudesse transformar a equipe em meio a um momento turbulento. No entanto, essa aposta revelou-se um movimento financeiro dispendioso. Antes de negociar com o Bahia, para tirá-lo do Fortaleza, o clube mineiro desembolsou R$ 1 milhão em multa rescisória, um valor expressivo que marcou apenas o início dos custos associados à sua curta passagem.
O investimento não parou por aí. Ceni assinou um contrato com um dos salários mais altos entre os técnicos do futebol brasileiro na época, recebendo R$ 460 mil por mês. A direção cruzeirense esperava que sua liderança e conhecimento tático ajudassem a equipe a reencontrar o caminho das vitórias, mas os planos não saíram como esperado.
O fim prematuro e o impacto financeiro
A passagem de Rogério Ceni pelo Cruzeiro durou apenas 46 dias. Em menos de dois meses, o clube decidiu encerrar o vínculo com o treinador, acarretando uma nova despesa: a multa pela rescisão contratual. O valor estabelecido foi de R$ 1,8 milhão, correspondente a quatro meses de seus vencimentos. Esse custo adicional intensificou ainda mais a crise econômica enfrentada pelo clube na época.
Somando todos os gastos, incluindo a multa para sua contratação e os salários pagos durante sua breve estadia, o Cruzeiro desembolsou aproximadamente R$ 3,49 milhões. Quando esse montante é dividido pelos 46 dias que Ceni esteve no comando, chega-se a um impressionante custo diário de cerca de R$ 76 mil.
A nova fase no Bahia
Apesar desse episódio conturbado em sua carreira, Rogério Ceni seguiu sua trajetória como treinador e, desde o final de 2023, comanda o Bahia. Seu desempenho à frente do tricolor baiano tem chamado atenção, consolidando sua posição como um dos técnicos mais valorizados do país.
Atualmente, de acordo com o Central do Bahia, Ceni recebe um salário de aproximadamente R$ 1 milhão por mês, cifra que o coloca entre os treinadores mais bem pagos do futebol brasileiro, ficando atrás apenas de nomes como Abel Ferreira. Esse valor representa o maior vencimento de sua carreira, superando inclusive o que recebia como jogador no São Paulo e em outros clubes por onde passou como técnico.
A experiência no Cruzeiro deixou marcas, mas também serviu de aprendizado para Rogério Ceni, que hoje vive uma fase mais estável e promissora no comando do Bahia.

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