Barcellos, presidente do Inter, surpreende e entra em discussão polêmica: “Tratar diferente os diferentes”

Evolução

O Internacional parece realmente ter reencontrado os trilhos da vitória. O colorado superou o Cuiabá por 3 a 0, em duelo válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro e chegou ao quinto jogo de invencibilidade, sendo três vitórias consecutivas, sendo quatro triunfos e um empate neste período.

Evolução do Internacional tem rendido elogios ao técnico Roger Machado. Por outro lado, outro assunto está pegando fogo no futebol brasileiro e dessa vez o presidente do Clube do Povo, Alessandro Barcellos decidiu se posicionar, trata-se do fair play financeiro. Barcellos acredita que a implementação do fair play vai melhorar a qualidade do futebol.

Fair play financeiro

“Esse é um assunto fundamental no momento que a gente evolui no futebol brasileiro e começa a falar de uma possível formação de uma liga, que a gente tenha essa pauta colocada. E não uma pauta para ficar procurando culpados, mas para melhorar o produto futebol brasileiro e dar mais competitividade.”, afirmou o mandatário durante participação no Boleiragem, do Sportv.

Barcellos ainda destacou a necessidade de ter o cuidado de promover equilíbrio entre as equipes. “Isso significa responsabilidade com as finanças, capacidade de investimento adequada e buscar um equilíbrio maior, não o contrário. Em alguns casos, temos visto o fair play servindo para distanciar mais quem tem mais dos que estão trabalhando para ter mais”, prosseguiu.

O presidente do Inter ainda afirmou que o fair play financeiro precisa ser adaptado ao Brasil. “O Brasil tem uma experiência recente, fizemos há três ou quatro anos um trabalho dentro da CBF onde se visou construir um fair play financeiro com a cara do Brasil, ou seja, com as diferenças que já existem no futebol brasileiro para que se tivesse um período de transição para chegar nisso. Isso não foi colocado em prática.”.

O mandatário ainda destacou as diferentes realidades dos clubes brasileiros: “Nós estamos retomando isso na Comissão Nacional de Clubes, em que o Inter faz parte, para que a gente possa fazer um debate e efetivamente começar a implantar medidas. Porque tem que tratar diferente os diferentes. Tem muitos clubes emergentes, existem SAFs entrando no futebol, existe um conjunto de questões.”, disse antes de prosseguir:

“Vou dar um exemplo particular: nós viemos de três superávits seguidos aqui no clube. Esse ano, com o advento da enchente, nós vamos ter dificuldade. Isso tem que ser considerado num contexto de Brasil, porque outros estados terão, nosso rival Grêmio terá essa dificuldade, mas isso dentro de uma regra clara que fique transparente entre os clubes para que a gente possa evoluir nesse aspecto e dê segurança para quem quer investir no Brasil e no futebol brasileiro”, completou.

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