Crescer na carreira

Esli Garcia, o queridinho da torcida, mais uma vez fez jus ao seu apelido durante a partida de sábado contra o Botafogo-SP. Mesmo com o Paysandu em desvantagem numérica, Garcia foi a escolha para trazer eficácia ao ataque, entrando em campo aos 15 minutos do segundo tempo.

Garcia rapidamente se tornou uma ameaça com sua velocidade e passes precisos pelo lado direito. Aos 22 minutos, ele decidiu o jogo, driblando o defensor da Pantera, chutou com a perna direita e marcou um gol espetacular de cobertura.

Apesar de suas habilidades e performances impressionantes, os torcedores do Paysandu se perguntam por que Garcia não tem mais tempo de jogo. Após o empate contra o Botafogo-SP, o técnico Hélio dos Anjos esclareceu por que o jogador não tem mais oportunidades na equipe titular.

Segundo Anjos, Garcia enfrenta alguns desafios. “Ele apresenta alguns problemas. Se ele melhorar, só vai crescer. Não crescer para o Paysandu, crescer para a carreira dele. Temos um cuidado muito grande. Ele é tratado dentro do clube, pela comissão técnica, quase obrigado a fazer algumas coisas, o que é importante para ele. É diferente, porque tem jogador que vai e faz, no dia a dia, fora do treino, que chamamos de pré-treino. Temos que estar em cima do Esli. É normal. É a característica de trabalho no país dele.”

‘Acima da média’

Esta é a primeira vez que Garcia joga no Brasil. Anteriormente, ele jogou pelo Deportivo Táchira e Portuguesa, ambos da Venezuela, e Santiago Wanders, do Chile. De acordo com Anjos, Garcia chegou ao Paysandu longe da forma ideal.

“Nós desenvolvemos muito trabalho de força. O que é trabalho de força? Nós tiramos gordura e colocamos massa magra. Você pega um jogador que tem 48% de massa magra, ele tem problema. O jogador tem que cair na casa de 51% e chegar em 52%. Os Esli tinha 46 quando chegou [ao Paysandu]. Ele carregava massa gorda. Estamos elaborando um trabalho, condicionando ele e mostrando que não apenas só para esse momento, é para carreira dele.”

Garcia, de 23 anos, tem velocidade e habilidade para driblar os adversários, no entanto, para Anjos, essa não é a maior virtude de Garcia.

“Citei em uma palestra que o diferente do Esli é que ele gosta de fazer gol. Ele vai para a pequena área. Se a bola chega, ele acaba fazendo. Hoje ele fez um gol acima da média”, conclui Anjos, técnico do Paysandu.

O que dizem os torcedores