Avaliação dos estádios brasileiros
Para o fã de futebol, o estádio é considerado um templo, um lugar sagrado onde acontecem momentos de paixão e emoção. No entanto, a realidade mostra que nem todos os estádios são tratados da mesma forma. Um estudo inédito realizado pelo Bolavip Brasil revelou que a limpeza desses locais varia consideravelmente, com alguns mantendo um padrão elevado e outros enfrentando críticas frequentes.
A pesquisa, baseada na análise de mais de 5 mil comentários de usuários do Google. Para entender os resultados, é importante conhecer a metodologia do estudo. Inicialmente, foram selecionados 18 estádios, um de cada time da Primeira Divisão do futebol brasileiro.
O próximo passo foi coletar 5.884 comentários aleatórios de usuários do Google, o que representa uma média de 326 comentários por estádio. Esses comentários foram então analisados por um programa de computador, cuja função era identificar palavras relacionadas à sujeira, como “sujo”, “imundo”, “fedorento”, “mal-cheiro” e “empoeirado”, entre outras.
Qual o estádio mais limpo do Brasil?
Com base nessa análise, a Neo Química Arena, casa do Corinthians, destacou-se como o estádio mais limpo do Brasil. A moderna arena, inaugurada para a Copa do Mundo de 2014, tem sido bem conservada ao longo dos anos, o que se reflete nos baixos índices de reclamação. De um total de 360 comentários analisados sobre o estádio, apenas três continham palavras relacionadas à sujeira, o que representa um percentual de 0,83%. Isso coloca a arena no topo do ranking de limpeza, demonstrando a eficiência do Corinthians na manutenção do local.
Logo em seguida, aparece o estádio do Atlético-MG, a Arena MRV, que é o mais novo estádio entre os clubes da elite do futebol brasileiro. Inaugurado em abril de 2023, a arena do Atlético-MG também se destacou pela sua conservação e limpeza. Foram coletados 333 comentários sobre o estádio, e apenas três deles continham palavras relacionadas à sujeira, o que representa um percentual de 0,9%. Assim como a Neo Química Arena, a Arena MRV se manteve bem abaixo da média dos demais estádios analisados, que foi de 3,85%.
Qual o estádio mais sujo?
Já na parte inferior da lista, o Nilton Santos, casa do Botafogo, foi apontado como o estádio mais sujo. Dos 360 comentários analisados sobre o estádio, 24 continham palavras relacionadas à sujeira, o que representa um percentual de 6,66%. Um fator que pode ter contribuído para essa classificação é o fato de o estádio não ser utilizado exclusivamente para jogos de futebol. O Nilton Santos também recebe eventos como shows, o que amplia o número de pessoas que comentam sobre a limpeza do local.
O segundo estádio mais sujo do Brasil, de acordo com o estudo, é o São Januário, casa do Vasco da Gama. O estádio, que está em processo de modernização, recebeu 23 comentários negativos sobre sua limpeza, representando 6,42% dos 358 comentários analisados. A maioria das reclamações gira em torno das condições das arquibancadas e dos banheiros, problemas recorrentes que levam o clube a buscar alternativas para a construção de um novo estádio, mais moderno e adequado para os dias atuais.
Gráfico: Divulgação / Bolavip Brasil
Fechando o pódio dos estádios mais sujos, o Morumbis, casa do São Paulo, apareceu com 23 comentários relacionados à sujeira, o que equivale a 6,38% dos 360 analisados. Como o Nilton Santos, o Morumbi também é utilizado para eventos além do futebol, como shows e outras atividades, o que pode ter influenciado a quantidade de críticas. A pesquisa evidencia a necessidade de melhorias em infraestrutura e limpeza em alguns dos estádios mais antigos do país, que continuam a ser palco de grandes emoções, mas que também precisam se adaptar aos novos tempos e às exigências do público.
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Os estádios mais limpos do futebol brasileiro (percentual de “comentários sujos”):
1 – Neo Química Arena (Corinthians): 0,83%
2 – Arena MRV (Atlético-MG): 0,9%
3 – Barradão (Vitória): 2,47%
4 – Beira-Rio (Internacional): 2,77%
5 – Arena do Grêmio (Grêmio): 3,05%
6 – Mineirão (Cruzeiro): 3,33%
7 – Fonte-Nova (Bahia): 3,33%
8 – Campos Maia (Mirassol): 3,58%
9 – Vila Belmiro (Santos): 3,67%
10 – Ilha do Retiro (Sport): 3,73%
11 – Alfredo Jaconi (Juventude): 3,79%
12 – Allianz Parque (Palmeiras): 3,88%
13 – Castelão (Ceará/Fortaleza): 3,88%
14 – Nabi Abi Chedid (RB Bragantino): 4,36%
15 – Maracanã (Flamengo/Fluminense): 5,83%
16 – Morumbis (São Paulo): 6,38%
17 – São Januário (Vasco): 6,42%
18 – Nilton Santos (Botafogo): 6,66%