Cruzeiro e Ronaldo em desacordo sobre cortes de benefícios
O clima esquentou entre o Cruzeiro e Ronaldo nos últimos dias. O ex-mandatário da SAF celeste gerou polêmica ao revelar que, durante sua gestão entre 2022 e 2024, houve um corte significativo na distribuição de ingressos e uniformes, que antes eram concedidos a conselheiros e torcidas organizadas.
As declarações do Fenômeno não foram bem recebidas dentro do Cruzeiro, aumentando o atrito entre as partes. A divergência expõe mais um capítulo da relação conturbada entre Ronaldo e a atual administração da Raposa.
O que Ronaldo disse?
Em conversa no Charla Podcast, Ronaldo revelou um privilégio pouco conhecido dentro do Cruzeiro: cada conselheiro recebia uma cota de uniformes, o que, segundo ele, representava um gasto milionário para o clube. O ex-jogador destacou que essa prática foi uma das despesas cortadas durante sua administração na SAF.
“Cada conselheiro tinha 50 camisas que a gente tinha que dar. Começava o ano, e o Cruzeiro devia R$ 2 milhões em camisas para a adidas. São 350 conselheiros, cada um pedindo 50 camisas… mandei cortar presente de conselheiro. No máximo, o que a gente podia tentar, era preço de custo, com o conselheiro pagando”, disse Ronaldo.
Ronaldo também mencionou que uma das principais torcidas organizadas do Cruzeiro recebia 20 mil ingressos sem qualquer custo a cada jogo, algo que, segundo ele, impactava diretamente as finanças do clube.
“Abrindo as gavetas, cada vez saía um absurdo. Jogo do Mineirão já partia de menos 20 mil ingressos que tinham que ir para a Máfia Azul, gratuitamente. Eles vendiam para turma deles lá, a torcida monetizava. Só que chego e já corto. Os caras estavam me adorando. Uma semana depois já estão me odiando”, revelou.
Raposa rebateu as declarações
Por meio de um comunicado oficial divulgado neste sábado, o Cruzeiro Associação, representado pelo presidente Lidson Potsch e pelo líder do conselho deliberativo, Paulo Sifuentes, contestou as declarações de Ronaldo. A entidade afirmou que as alegações do ex-gestor da SAF não refletem a verdade.
“As determinadas afirmações não correspondem à realidade. A suposta distribuição massiva e recorrente de ingressos e camisas, nos moldes apontados, não encontra respaldo em registros contábeis, documentos internos ou qualquer elemento de prova.” Disse o clube.
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