Ronaldo volta a ser assunto
O Cruzeiro não vive um bom início de temporada, mas um tema que voltou a repercutir entre a torcida foi a gestão da SAF sob o comando de Ronaldo Fenômeno. O ex-jogador vendeu o controle do clube no ano passado para Pedro Lourenço.
Recentemente o empresário voltou a falar sobre sua passagem à frente da Raposa. Em entrevista ao Charla Podcast, Ronaldo afirmou que enfrentou dificuldades por ter encerrado regalias que eram concedidas a torcidas organizadas e conselheiros do clube.
Problemas na SAF
Segundo ele, a prática prejudicava financeiramente o Cruzeiro. Ronaldo destacou que existia um sistema interno no qual conselheiros tinham direito a uma grande quantidade de camisas do clube, o que gerava um passivo milionário com a fornecedora de material esportivo.
“Peguei uma coisa complicada para o torcedor entender, que é a política associativa. Tem lá uns 400 conselheiros, todos sem fazer p… nenhuma. Tirou o futebol dali e os caras, que já não tinham nada pra fazer, só piorou”, inicou.
“Cada conselheiro tinha 50 camisas que a gente tinha que dar. Começava o ano o Cruzeiro devendo 2 milhões em camisas (para a fornecedora de material esportivo). 350 conselheiros, cada um pedindo 50 camisas, faz a conta pra ver”, declarou o empresário.

MG – BELO HORIZONTE – 22/04/2023 – BRASILEIRO A 2023, CRUZEIRO X GREMIO – Ronaldo Nazario do Cruzeiro durante partida contra o Gremio no estadio Independencia pelo campeonato BRASILEIRO A 2023. Foto: Gilson Junio/AGIF
Ingressos para torcida
Além disso, o ex-dono da SAF revelou que a relação entre a diretoria e a Máfia Azul, maior torcida organizada do clube, também envolvia concessões de ingressos gratuitos.

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“Nós chegamos lá e, abrindo as gavetas do clube, cada vez saía um absurdo. Jogo do Mineirão já partia de menos 20 mil ingressos que tinham que ir para a Máfia Azul, de forma gratuita. Eles vendiam pra turma deles lá, de forma que a torcida monetizava. Só que eu chego e já corto. Os caras estavam me adorando. Uma semana depois já estavam me odiando”, destacou.