Com a data de estreia marcada para 21 de novembro, a Copa do Mundo já mexe com o imaginário dos amantes do futebol, que esperam vivenciar mais um capítulo marcante da história do esporte. Entretanto, as polêmicas extracampo envolvendo o Catar, país sede do Mundial, também têm ganhado espaço na mídia, gerando controvérsias. E Phillip Lahm, ídolo do futebol alemão, confirmou que não irá ao emirado para assistir ao torneio mais importante do ano por motivo ‘pesado’.

Em entrevista à revista ‘Kicker’, da Alemanha, o ex-lateral explicou sua decisão de não ir ao Catar: “Não sou parte da delegação e não estou entusiasmado em viajar como torcedor. Prefiro acompanhar o torneio de casa. Direitos humanos deveriam ter um peso importante na hora de decidir as sedes das competições. Se um país vai tão mal nessa área, você começa a se perguntar quais foram os critérios que orientaram a decisão”, declarou Lahm.

O boicote do ídolo alemão vai de encontro às polêmicas que cercam o Catar, que tem histórico grave de agressões aos direitos da mulher, da comunidade LGBTQIA+ e de outros grupos minoritários. Além disso, durante as obras para construção dos estádios da Copa do Mundo 2022, foram registrados vários casos de mortes relacionadas às jornadas desumanas de trabalho. Por conta disso, Phillip Lahm fez questão de mandar um recado para quem irá disputar o Mundial.

O ex-lateral pediu para que os jogadores que comparecerem ao Catar no final do ano para a Copa do Mundo também se posicionem sobre essas questões humanitárias, além de aspectos como sustentabilidade e tamanho do país, como forma de questionar a escolha da Fifa e de seus membros pelo país sede do Mundial, cuja final está marcada para o dia 18 de dezembro: “Como jogador, você não pode mais ignorar essas coisas”, finalizou Lahm.