Luighi pede ação
Nesta quinta-feira (6), em partida do Palmeiras na Libertadores sub-20, Luighi foi vítima de racismo. O caso ganhou repercussão após o jogador falar sobre o que aconteceu ao fim da partida. Agora, em vídeo publicado pelo Verdão, o atacante conta o que sentiu e pediu por ações contra o racismo:
“Não sei o que falar. No momento ali subiu um ódio na cabeça, até porque tinha muitos polícias do lado e isso que me deixou mais bravo, por eles não terem feito nada. Até fui lá neles. Mas fica o aprendizado. Na hora ali a gente fica bravo, perde a cabeça, mas tem pessoas assim desse tipo no mundo. Até quando a gente vai viver isso?”
“O recado que eu mandaria é para as pessoas que fazem esse tipo de racismo, que parem. Porque você não está no corpo da pessoa que sofreu racismo. As vezes você fala, mas não sente que a pessoa transmite. É uma dor que eu peço para que poucas pessoas sofram, nenhuma na verdade. Mas muitas pessoas assim no mundo e até quando vai existir pessoas assim? E até quando o futebol vai admitir isso?”
Pedido de exclusão de Cerro Porteño
O desabafo de Luighi após o jogo do Palmeiras causou várias reações. Além do apoio de diversos clubes brasileiros, houve também a manifestação de dirigentes. Presidente do Verdão, Leila Pereira, afirmou que irá pedir a exclusão do Cerro Porteño. A CBF também fez o pedido, enviado à Conmebol, enquanto o presidente Ednaldo Rodrigues acrescentou:
“O que a gente espera da Conmebol é rigor. Basta de racismo e de multas que não levam a nada. Queremos punições esportivas. O futebol deve ser espaço de igualdade e respeito. Por isso, a punição do Cerro Porteño e dos envolvidos não é apenas uma necessidade jurídica, mas uma obrigação moral e institucional, para que o combate ao racismo deixe de ser um discurso vazio e passe a ser uma realidade concreta.”

Leila Pereira detona Conmebol sobre ato racista sofrido por Luighi, jovem atacante do Palmeiras. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
União dos clubes
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (7), Leila Pereira falou sobre o caso. Para a presidente, é necessário não apenas uma punição para o atual caso, mas também regulamentos para o futuro. Além disso, pediu pela união dos clubes brasileiros:
“As medidas têm que ser duras e drásticas. Não só o Palmeiras, mas todos. Não esqueçam que nos últimos anos a hegemonia na Libertadores é do Brasil, e temos que mostrar essa força nos bastidores. Em conjunto determinar regras pesadas, que se forem burladas os clubes não participam.”

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