Divulgada a súmula da partida
O embate entre Cruzeiro e Tombense, válido pela semifinal do Campeonato Mineiro, foi muito além do placar de 0 a 0. O árbitro Paulo César Zanovelli protagonizou uma partida recheada de polêmicas ao justificar na súmula as expulsões de Zé Ivaldo e Marlon, jogadores da Raposa, ocorridas respectivamente aos 34 minutos do primeiro tempo e aos 39 minutos do segundo tempo.
A primeira expulsão veio quando o zagueiro foi sancionado com o cartão vermelho após uma entrada considerada imprudente em Rafinha. Inicialmente, o árbitro havia assinalado apenas a falta, porém, após intervenção do VAR e a revisão do lance no monitor, Zanovelli decidiu pela expulsão do defensor cruzeirense, alegando uso excessivo de força.
A situação se agravou quando Zé Ivaldo, ao deixar o campo, manifestou sua frustração chutando um microfone da TV Globo, gesto que foi registrado e mencionado na súmula.
“Expulsei este atleta diretamente do campo de jogo, por dar uma entrada com uso de força excessiva, atingindo a sola da chuteira no tornozelo do seu adversário, na disputa pela bola. Informo ainda que, no momento que estava saindo do campo de jogo, o atleta expulso chutou um microfone que se encontrava do lado de fora do campo, entretanto não atingindo quaisquer pessoas”, relatou o árbitro.
A expulsão de Marlon
O segundo episódio ocorreu no segundo tempo, quando o lateral da Celeste viu seu segundo cartão amarelo aos 39 minutos, resultando em sua expulsão. O jogador foi punido por reclamação acalorada com o árbitro após receber a primeira advertência. Sua reação, descrita por Zanovelli como ofensiva, incluiu socos no ar em direção ao juiz, evidenciando um momento de tensão no confronto.
“Vermelho em decorrência de 2º cartão amarelo. Expulsei este atleta em decorrência de um segundo cartão amarelo por protestar contra as decisões da arbitragem ao dar um soco no ar de forma acintosa e agressiva”, iniciou o profissional na súmula.
“Ressalto que o primeiro cartão amarelo aplicado ao atleta fora no mesmo minuto em que fora expulso, por retardar excessivamente o reinício de jogo na execução de um arremesso lateral de sua equipe. Informo ainda que, no momento que estava saindo do campo de jogo, o atleta expulso chutou uma garrafa que se encontrava do lado de fora do campo de jogo, entretanto não atingindo quaisquer pessoas”, concluiu.
Por conta das expulsões, ambos os jogadores não estarão disponíveis para o duelo da volta, no Mineirão. A partida está marcada para o dia 16 de março, um sábado, às 16h30 (de Brasília).
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Larcamón cobrou controle emocional
Em coletiva de imprensa após o confronto, o técnico Nicolás Larcamón respondeu algumas perguntas dos jornalistas. O comandante do Cruzeiro evitou falar de arbitragem e preferiu cobrar mais controle dos jogadores.
“As expulsões são algo que temos que melhorar imediatamente. Não pode acontecer uma situação como aconteceu. Não gosto de falar do árbitro, sei que é o mesmo árbitro do jogo com o Athletic, com duas expulsões também. Não quero falar, porque tenho que trabalhar com meus jogadores”, disse.
De acordo com o treinador, as atitudes dos atletas poderiam ter prejudicado todo o planejamento da equipe, já que se tratava de uma partida decisiva dentro do Estadual.
“Temos que entender que o que aconteceu aqui poderia colocar em risco todo o trabalho. Não vamos permitir não ser um time inteligente. O Cruzeiro tem que ter excelente desempenho em diferentes aspectos, um deles a capacidade emocional. Não pode voltar a acontecer”, concluiu.