Reviravoltas
O Botafogo está em uma grande fase. O alvinegro está entre os favoritos a faturar títulos importantes nesta reta final de temporada. A equipe é líder do Brasileirão Betano e no compromisso mais recente praticamente encaminhou sua classificação para a grande final da Libertadores da América ao golear o Peñarol por 5 a 0. Para o time uruguaio, será necessário vencer por, no mínimo, a mesma diferença para levar a disputa aos pênaltis.
Em busca da glória eterna, o time viveu um momento de reviravoltas. Nas primeiras etapas da competição havia uma expectativa de que o time não iria muito longe na competição, para alguns o time iria sucumbir diante do RB Bragantino, na terceira fase da Liberta. Isso porque ainda na fase de grupos a equipe sofreu aduas derrotas nos primeiros jogos.
Artur Jorge recordou com orgulho a virada de chave vivida pelo Glorioso. “Me dá muito gosto falar sobre a Libertadores. Meu ano já está com 16 ou 17 meses, mas vou chamar esse ano de Liga dos Campeões e Libertadores. Difícil ter melhor. Enquanto treinador, é muito orgulho estar nessa competição.”, valorizou o treinador.
O técnico ainda recordou a sequência negativa que viveu com o alvinegro carioca. “Dá um gosto especial porque na Libertadores foi o primeiro jogo que vi in loco, vim direto do aeroporto, perdemos em casa (para o Junior Barranquilla). Depois disso, minha estreia foi na Libertadores, perdi também para a LDU. Em uma zona de grupos, isso me dá motivação, porque não gosto de zona de conforto, gosto de desafio.”
Motivação especial
“Nós éramos dados como mortos na competição. Depois de duas derrotas, falavam que o Botafogo ia cumprir calendário ou que iriam bater em nós. Isso me dá força. Disse aos jogadores que tínhamos um objetivo, falei de quatro jogos, tínhamos 12 pontos para fazer, dependia de nós, tínhamos que ter coragem.”, prosseguiu.
Jogadores do Botafogo comemoram vitória ao final da partida contra o Palmeiras no Allianz Parque pelo campeonato Copa Libertadores 2024. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Artur Jorge ainda destacou a desconfiança com o desempenho da equipe. “Já ninguém acreditava em nós, a maioria dos torcedores não acreditava, e nós fizemos nosso trabalho, nosso caminho. No penúltimo jogo vencemos, conseguimos a classificação direta sem nem precisar dos quatro jogos. Conseguimos em três, por mérito do nosso trabalho”.
O técnico ainda admitiu que ganhou uma motivação extra após alguns apontarem o Palmeiras, adversário nas oitavas de final, como garantido nas quartas de final da competição. Na ocasião, o Botafogo venceu o jogo de ida por 2 a 1, no Nilton Santos, e empatou em 2 a 2, na volta no Allianz Parque.
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“Disputamos depois o último jogo, ficamos condicionados por ficar com dez jogadores, depois veio o mata-mata que nos leva para gosto pessoal, desafiem, desvalorizem que gosto. Eu senti. A frase que mais me tocou foi “ver com quem o Palmeiras jogaria nas quartas de final, quem seria o adversário”. Para mim, foi gatilho. Vamos tratar disso. Alimentar os jogadores disso também, ter essa capacidade nos desafios, vamos levar conosco também”, detalhou.
O jogo de volta contra o Peñarol pela Libertadores está marcado para a próxima quarta-feira (30), às 21h30 (horário de Brasília), no Estadio Campeón del Siglo, no Uruguai. Antes disso, no entanto, a equipe volta a campo neste sábado (26), para encarar o RB Bragantino, às 19h (horário de Brasília), pelo Brasileirão Betano, e pode voltar a ampliar sua vantagem na liderança da competição nacional.