O Botafogo viu sua invencibilidade no Campeonato Brasileiro ir embora ao ser derrotado pelo Flamengo por 2 a 1 no duelo válido pela 22ª rodada da competição nacional. Apesar do resultado não ter interferido na classificação na coletiva após o apito final, o técnico Bruno Lage fez questão de colocar o cargo à disposição.
Contudo, recentemente o português revelou que o desabafo que acabou surpreendeu a muitos foi uma estratégia para blindar os jogadores do Botafogo. “A conclusão a que chego é que funcionou, porque a pressão veio para cima de mim. Funcionou de tal maneira que se falou mais na situação, ainda bem, do que no VAR do jogo. Estou de alma e coração no Botafogo. Tem que haver uma ansiedade normal, quer da parte deles (jogadores), quer da parte do torcedor, a algo que ainda falta muito, mas que pode ser conquistado e que foge há 28 anos (titulo brasileiro)”, explicou o treinador em entrevista ao Globo Esporte.
Contudo, o treinador contou que conversou internamente com a diretoria alvinegra e afirmou que poderia ter tido outro tipo de reação na ocasião, mas diz não se arrepender da entrevista. “Eu quero a pressão em cima de mim, eu quero a responsabilidade em cima de mim, eu só quero que a torcida continue a apoiar os jogadores. Fez de uma forma fantástica depois da eliminação da Sul-Americana, mas eu senti alguns sinais de que as coisas tomam um pouco de ansiedade extra quando se tenta mudar qualquer coisa”, detalhou e em seguida, completou:
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“Nesta vida a gente não tem tempo para arrependimento. Eu sei o que fiz, sei o sentimento que gerou à minha volta. O que é mais importante é as pessoas entenderem que o treinador está aqui. Coloquei o cargo à disposição, mas nunca quis sair. Quis que as pessoas estivessem à vontade para entender se essa ansiedade extra que se forma em função de alguma mudança para melhoria da equipe está causando ansiedade maior aos jogadores”. Lage e companhia voltam a campo no próximo sábado (16), para o duelo contra o Atlético-MG às 21h (horário de Brasília) na Arena MRV.