Soltou o verbo
O diretor técnico do Athletico, Paulo Autuori, fez críticas ao crescente número de jogadores estrangeiros no futebol brasileiro. A mudança, que permite a inclusão de até nove atletas estrangeiros por partida nas competições nacionais, foi aprovada no início do ano pelos clubes da Série A. Antes, o limite era de sete.
Curiosamente, o Athletico foi um dos clubes que apoiou a mudança. Vale ressaltar que o clube chegou a ter dez estrangeiros no elenco, mas atualmente conta com oito.
Apesar disso, Autuori acredita que o aumento no número de gringos prejudica o futebol brasileiro. Ele destaca que isso reduz as oportunidades para jovens talentos nacionais, dificultando o desenvolvimento da base do país.
“Essa mudança, de aumentar o limite, foi absurda. O futebol brasileiro precisa se questionar se realmente precisa desse número de estrangeiros, porque isso impacta diretamente na nossa realidade. Prefiro trabalhar com jovens do que ir fora do país buscar atletas que podem não entregar. Não temos garantia” , falou.
Autuori revelou incômodo
“Nós temos nove [oito com a saída de Benítez] aqui. Quando saí, em 2022, eram cinco, e eu pedi que não contratassem mais, porque isso cai no colo do treinador. Quando tem o limite, ele precisa fazer escolhas, e geralmente quem fica de fora são sempre os mesmos. Isso gera incômodo em alguns e tem impacto no trabalho”.
O elenco atleticano conta atualmente com Esquivel, Zapelli, Léo Godoy, Cuello e Di Yorio (argentinos), Canobbio e Mastriani (uruguaios) e Gamarra (paraguaio). Recentemente, Benítez e Arriagada deixaram o clube por empréstimo.
Em 2023, o limite de estrangeiros por jogo já havia aumentado de cinco para sete. A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) se posicionou contra a nova mudança, que elevou o limite para nove.
Segundo um estudo da Fenapaf, mais de 140 jogadores estrangeiros atuam nas Séries A e B do futebol brasileiro, o que acendeu debates sobre a quantidade ideal de gringos no país.
Carreira do diretor do Athletico-PR
Com mais de 40 anos no futebol, Paulo Autuori também construiu carreira fora do Brasil. Ele já atuou como dirigente em países como Portugal, Peru, Japão, Catar, Bulgária e Colômbia.
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