Novidades da CPI
O nome de Luiz Henrique segue em alta nos últimos dias, principalmente porque o atacante do Botafogo foi um dos heróis da vitória da Seleção Brasileira diante do Chile. No entanto, outro assunto tem esquentado nos bastidores do Glorioso, relacionado ao jogador: trata-se da CPI das Apostas.
Esta semana, foi informado que Luiz Henrique seria ouvido na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas devido a um suposto envolvimento em um esquema de manipulação de resultados. Nesta terça-feira (15), o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da CPI, afirmou que vai primeiro aguardar o depoimento de Lucas Paquetá, meia do West Ham, que acontece no dia 29 deste mês, para finalmente definir se o atacante do Botafogo será ou não convidado a depor.
“Conseguimos ontem (segunda) aqui em Brasília intimar o jogador Paquetá. Eu já queria essa semana, mas, por causa de sessões semipresenciais, voltaremos no dia 29 de outubro. Teremos três reuniões semanais e, em cada reunião, pelo menos cinco convocados. Temos que entregar, pouco antes do Natal, o relatório”, explicou.
A partir do depoimento de Paquetá é que será definida a situação de Luiz Henrique. “O Paquetá está intimado, fará por videoconferência. Dependendo do que ele falar, também vamos convocar o jogador Luiz Henrique, que, a princípio, pelas informações que chegaram, o envolvimento dele foi puramente por inocência; jogaram o atleta numa situação em que ele nem estava sabendo o que estava acontecendo”, continuou.
“Eu não acho justo o Luiz Henrique ser convocado sem antes ouvir o Paquetá, porque quem o envolveu foi o Paquetá. As informações que chegaram à CPI até agora dão conta de que ele entrou como gaiato no navio. Não quero ser injusto. Se ele é da Seleção Brasileira ou não, isso não importa”, prosseguiu o parlamentar.
PR – CURITIBA – 06/09/2024 – ELIMINATORIAS COPA DO MUNDO 2026, BRASIL X EQUADOR – Lucas Paqueta jogador do Brasil lamenta durante partida contra o Equador no estadio Couto Pereira pelo campeonato Eliminatorias Copa Do Mundo 2026. Foto: Gabriel Machado/AGIF
William Rogatto e outros depoimentos
Kajuru também explicou a situação do empresário William Rogatto, que assumiu participar de um esquema de manipulação envolvendo apostas. “O William só não nos recebeu até agora na região do Porto por medo de ser assassinado e por medo de levarmos à Polícia Federal. Não existe isso; não temos poder para prendê-lo lá. Isso é um papel da PF; são três mandados, cabe a ela essa situação. Queríamos o que foi combinado com ele, que ele entregasse as provas que tem. Se apresentar, pelo menos 30%, já vai estar prestando um serviço ao futebol brasileiro. Do contrário, vai ficar como um falastrão”, disse.
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O senador afirmou que a CPI passará a buscar materialidade e acabar com as denúncias sem provas. “Por respeito ao futebol, devemos, daqui para a frente, na CPI, devidamente acordado com todos os membros, buscar ter materialidade. Chega de depoimento que joga palavras ao vento, que às vezes denuncia pessoas inocentes sem nenhuma prova cabal ou irrefutável. Não é chegar aqui e falar que, na opinião dele, aconteceu algo errado e o resultado foi estranho. Tem que dizer qual foi o jogador envolvido, se foi árbitro, corruptor, corrupto…”, garantiu.