Se existe um jogador que faz parte de uma das gerações mais vencedoras do Palmeiras esse é sem dúvidas Raphael Veiga. Além da equipe Alviverde onde está desde 2017 o meia possui passagens pelo Coritiba e Athletico-PR, neste último acabou sendo comandado por Fernando Diniz com quem possui bom relacionamento até hoje. Durante entrevista concedida ao programa Bola da Vez da ESPN, o camisa 23 foi questionado sobre as diferenças entre Abel Ferreira, seu técnico atual e o treinador do Tricolor das Laranjeiras e não pensou duas vezes antes de detalhar o estilo de cada um.
“O Diniz é mais de instigar, o Abel é mais tranquilo em relação a isso. Mas os dois são bem acessíveis. Eu me sinto confortável de chegar e falar com eles. Eu tenho uma relação muito boa com o Diniz. Quando eu estava no Athletico, eu fui para lá com uma pressão que eu me coloquei de ‘saí do Palmeiras e tenho que fazer algo diferente aqui no Furacão’. E esse peso, essa autocrítica tão forte me atrapalhava e não me deixava desfrutar do futebol. Eu queria fazer tudo no Athletico, o Diniz me deixava de volante e isso me matava, porque eu tentava passar e ele falava pra eu ficar, por conta do meu passe. Aí isso começou a me remoer por dentro e ele viu que isso estava me fazendo mal”, afirmou.
Além disso, no bate-papo o meia lembrou uma história interessante com o atual comandante do Fluminense que acabou mudando sua trajetória na modalidade. “Um dia nós discutimos, porque ele me deixou de lateral ou ala, e eu saí de lá bravo, aí no outro dia ele foi falar comigo, eu falei e saí andando. Quando foi 17h30, ele me liga, aí pensei: ‘Diniz me ligando, não vou atender’. Aí acabei atendendo, ele pediu pra eu ir até a casa dele para conversar, aí eu falei ‘no treino a gente conversa’, mas acabei indo. Ele desceu do apartamento, entrou no carro e ficou um minuto olhando para mim sem falar nada”, começou dizendo.
Em seguida, completou: “Aí ele começou a me guiar: ‘Vai reto, vira à direita, vira à esquerda, agora desce aqui’. Aí eu fiquei: ‘O que esse cara está fazendo?’. Chegou lá, eu olho assim ‘psicóloga’, ele me levou na psicóloga. Na hora que eu vi não fiquei feliz, aí ele entrou na sala e falou: ‘Olha, doutora, esse aqui é o Raphael que eu te falei, eu vou sair aqui da sala para deixar vocês tranquilos’. Aí falei pra ela ‘não sei o que estou fazendo aqui’. Aí ela foi me perguntando, me perguntando e quando foi ver, estou até hoje fazendo terapia.”
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