Galo na caçada ao líder
O Atlético-MG deu uma arrancada impressionante no Campeonato Brasileiro que o colocou em terceiro lugar na competição com 63 pontos. Após a vitória maiúscula sobre o Flamengo por 3 a 0 em pleno Maracanã, os torcedores estão mais empolgados do que nunca e acreditando no título.
Contudo, o técnico Felipão um dos responsáveis pela boa fase da equipe alvinegra, após um início conturbado, com uma sequência de nove jogos sem vitórias vem conduzindo com maestria a equipe que até agora só perdeu três vezes no returno do certame.
Porém, apesar do trabalho desempenhado com êxito, o treinador supreendeu com declaração diante do Grêmio, mas evitou abordar o assunto título, até pelo fato do Galo não depender apenas de si para vencer o torneio. Sem falar que o recusa o prêmio de melhor treinador do Brasileirão.
Vale a pena lembrar que o treinador encontrou dificuldades e demorou mais que o esperado para conhecer o elenco do Alvinegro, montado inicialmente por Eduardo Coudet, seu antecessor. Um dos principais fatores que pode ter impedido que o trabalho engrenasse rapidamente. Nos últimos jogos, no entanto, o técnico encontrou um sistema ideal.
Segredos da boa fase
Para o comandante o fato de ter encontrado uma estabilidade tática é um dos principais acertos do time mineiro. “Nós jogamos como nos últimos dez jogos: com um esquema bem definido taticamente. Dentro deste esquema, os jogadores me dão o que eu preciso em verticalidade e eles também estão jogando em suas características, e a gente vai adaptando ao estilo que a gente gosta. Por isso melhoramos no campeonato e estamos brigando por uma posição melhor”, detalhou em coletiva.
Felipão, tecnico do Atletico-MG durante partida contra o Gremio. Foto: Fernando Moreno/AGIF
Outro ponto que foi enfatizado pelo pentacampeão com a Seleção, é o ambiente descontraído e leve dentro e fora das quatro linhas. “É o ambiente e a alegria que todos estão sentindo. Eu faço parte dessa equipe, sou também um companheiro deles. Também mostrou a todos: nosso ambiente é muito bom. Todos se respeitam, mas tem a liberdade da brincadeira entre nós todos. E posso falar que é a minha equipe. Eles se dedicam por eles próprios e um pouco pelo seu chefe. Fico orgulhoso por isso”, contou o treinador na sequência.
Por fim, ao ser questionado sobre destaques individuais, o professor fez questão de enfatizar que o craque do torneio não é Hulk nem Paulinho, mas a preparação física da equipe. “O melhor da minha equipe, não só hoje, mas em muitos jogos, tem sido o preparo físico. O Cristiano (Nunes, coordenador de preparação física) tem feito um trabalho espetacular. Depois tem o Luquinhas (Gonçalves, auxiliar técnico), o Éder (Aleixo, auxiliar) e o Carlão (Pracidelli, também auxiliar) que fazem um trabalho espetacular. Eu vou coordenando tudo, mas quero dizer que os melhores foram eles”, finalizou.