Diniz segue fazendo história no Fluminense
Fernando Diniz está bem próximo de completar dois anos no comando do Fluminense. O técnico chegou ao clube carioca em abril de 2022 e segue fazendo história com o Tricolor.
O técnico aos poucos conseguiu moldar o elenco no seu estilo que desperta elogios de uns, críticas de outros e ceticismo de alguns.
O trabalho de Diniz chamou atenção e ele acabou sendo escolhido para ser técnico interino da Seleção Brasileira, juntamente com seu auxiliar Eduardo Barros.
Diga-se de passagem, o auxiliar não escondeu a sua admiração pelo treinador. Eduardo Barros chegou a fazer uma publicação enaltecendo Diniz.
Diniz comparado a Johan Cruyff
Eduardo explicou em entrevista ao ESPN, uma comparação feita por ele no passado entre Fernando Diniz e o lendário Johan Cruyff.
“O Cruyff acabou sendo um dos jogadores que foi símbolo daquela Holanda do Rinus Michels de 1974 que praticava o futebol total. E, vendo os jogos daquela equipe, é possível observar inúmeros movimentos fora de um padrão de posição, com muito mais liberdade do que comumente as equipes europeias possuem”, iniciou.
“E as equipes do Fernando Diniz, desde lá do Atlético Sorocaba ou do Votorantim, têm uma liberdade de movimento dos seus jogadores que extrapola aquilo que está convencionalmente posto como as posições.”, seguiu.
O auxiliar falou sobre a capacidade de Diniz em criar uma forma de jogar. “Então, essa convenção que alguém estabeleceu e foi sendo reproduzida por inúmeros treinadores e por mim quando eu não alcançava o outro futebol, o Fernando teve a capacidade de criar uma forma de jogar que as premissas são outras.”
“Que outro time você vê um camisa 10 dentro da grande área participando da saída? Este é um exemplo. Eu poderia dar vários, mas acho que esse exemplo é suficiente para traduzir”, acrescentou.
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Convicções de Diniz
Diniz é alvo de algumas críticas, em especial no período em que esteve no comando da Seleção, quando não conseguiu estabelecer seu estilo. “Na minha opinião, se defende com as suas crenças e as suas convicções. E eu acredito que o Diniz não defenderia ou não faria algo que ele não acredita. Ele tinha ou sempre teve muita clareza do caminho que precisa ser percorrido.”, declarou.
“Isso não significa que você vai estar avesso às críticas ou que você não tenha aspectos do seu trabalho a serem aperfeiçoados ao longo do tempo. As equipes, os jogadores e os treinadores, a imprensa, a torcida, os adversários, todos nós somos seres em evolução”, prosseguiu.
Eduardo reconheceu que sempre vão existir críticas, tudo faz parte do processo de evolução. “Todo mundo faz o seu primeiro jogo de Campeonato Brasileiro. Todo mundo faz o seu primeiro jogo internacional. Todo mundo disputa sua primeira final ou briga para disputar a sua primeira final.”
“E ao longo da trajetória do Fernando Diniz, para mim, desde quando eu o vi em 2012, por aquilo que aquela equipe apresentava, que é muito mais que tática, para mim, eu tinha clareza que culminaria, em algum momento, num grande resultado. E resultado, efetivamente, é numa grande conquista”, concluiu.