Investidores de olho
O Vasco vive um ano desafiador, a equipe atualmente busca um novo investidor para a SAF do clube após o rompimento tumultuado com a 777 Partners. E uma notícia acabou animando os torcedores cruzmaltinos que se empolgaram com a divulgação de alguns dos interessados na compra da SAF do clube carioca.
De acordo com Rodrigo Mattos, Andrea Radrizzani, empresário italiano que foi o presidente e fundador do grupo de transmissão esportiva Eleven Sports, e ex-proprietário e presidente do Leeds United e do UC Sampdoria estaria interessado na SAF do Gigante da Colina, mas o nome mais cotado no momento é o do grego Evangelos Marinakis.
Processo judicial
Evangelos Marinakis, magnata grego e proprietário do Nottingham Forest, está interessado na compra da SAF do Vasco e trouxe agitação nos bastidores do clube carioca. Apesar da euforia, de acordo com informações do O Globo, a negociação pode ser impactada por um processo judicial em andamento nos Estados Unidos, envolvendo o fundo A-Cap e a 777 Partners, controladora da SAF vascaína.
Esse processo está relacionado à disputa com a Leadenhall, uma das empresas que emprestou dinheiro à 777 antes da crise financeira enfrentada pelo fundo.O litígio é devido a um processo de fraude financeira movido pela Leadenhall contra a 777 Partners. Essa disputa começou a afetar a gestão dos clubes sob controle da 777, incluindo o Vasco, à medida que a Leadenhall obteve uma liminar que impede a A-Cap de vender ativos sem a sua autorização.
Impacto no Vasco
A A-Cap, que detém 31% das ações da SAF do Vasco, também está envolvida em uma disputa de 39% com o clube, por meio de um processo de arbitragem no Brasil. Esse imbróglio jurídico pode gerar incertezas que complicam qualquer negociação, especialmente com investidores interessados, como Marinakis.
Além disso, a A-Cap se vê pressionada pela Leadenhall, que está exigindo transparência sobre os negócios realizados pela 777 Partners, especialmente aqueles envolvendo o Standard Liège e a compra do Everton, clube da Premier League. Esses negócios somam cerca de 200 milhões de libras e são parte de um emaranhado de empréstimos que o fundo deve pagar.
Josh Wander executivo da 777 Partners durante partida contra o Guarani em São Januário pelo campeonato Brasileiro B 2022. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
A situação é ainda mais delicada, pois qualquer movimentação financeira sem a anuência da Leadenhall pode comprometer a viabilidade de novas aquisições e acordos, incluindo a venda da SAF do Vasco. Por enquanto, não há restrições definitivas da Leadenhall aos ativos da 777 ou seus clubes.
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No entanto, as negociações envolvendo a venda do Vasco podem enfrentar obstáculos enquanto o processo judicial não for resolvido. A A-Cap se comprometeu a esclarecer questões sobre o caso Everton, mas as conversas com a Leadenhall ainda não chegaram a um consenso. Essa falta de acordo entre os envolvidos pode atrasar ou até mesmo inviabilizar transações futuras envolvendo os clubes controlados pela 777, incluindo o Vasco.
O corpo jurídico do Vasco está acompanhando de perto o andamento do processo, mas, por enquanto, não há um cenário de pânico em relação ao impacto no clube. Contudo, a situação ainda é instável, e a conclusão do processo judicial pode ser determinante para a continuação das negociações com investidores, como Marinakis.