Nova fase

O Cruzeiro entra em campo nesta quinta-feira (03) para encarar o Fluminense, às 21h30, pelo horário de Brasília, no Maracanã, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro Betano. O duelo pode colocar a Raposa no G-6.

A partida marca o reencontro de ambos os times com ex-treinadores. De um lado, Fernando Diniz, técnico do Cruzeiro, deixou recentemente o Fluminense; do outro, Mano Menezes, atualmente no clube carioca, reencontra o Cabuloso e leva na bagagem uma bomba contra o clube mineiro.

O Cabuloso vive uma boa fase, buscando vaga no G-6 no Brasileirão e a classificação para as semifinais da Copa Sul-Americana. Parte da evolução do Cruzeiro nesta temporada se deve aos investimentos da SAF. Somente na última janela de transferências foram sete reforços: Cássio, goleiro; Jonathan Jesus, zagueiro; Matheus Henrique, Walace e Fabrizio Peralta, volantes; e Lautaro Díaz e Kaio Jorge, atacantes.

Pedrinho BH prometeu, inclusive, mais investimentos para o clube mineiro, mas antes de Pedro Lourenço assumir, Ronaldo Fenômeno era dono da SAF. O ex-jogador adquiriu a Sociedade Anônima de Futebol da Raposa em um momento delicado para o clube, que estava enfrentando diversos problemas com dívidas.

Papel de Ronaldo no Cruzeiro

O ex-presidente do América, Paulo Lasmar, afirmou que Ronaldo salvou o Cruzeiro, durante o Fórum SAF, que aconteceu em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (03). Vale destacar que Lasmar é especialista na Lei da SAF no Brasil.

“Estamos vivendo um segundo momento, que é aperfeiçoar a lei. Os negócios de SAF malfeitos estão sendo refeitos. Tem o caso do Vasco, do Cruzeiro, que não foi mal feito, mas o Ronaldo salvou o Cruzeiro e ele merece todas as honras possíveis. A torcida não compreendeu o que ele fez. Esse é outro problema do futebol atual. A torcida está com a cultura do título a qualquer preço e isso não pode existir mais. Temos que valorizar o dirigente responsável”, disse.

Paulo Lasmar afirmou que os torcedores precisam ter paciência durante o processo de transição. “Precisamos valorizar o dirigente responsável, porque quando ele é responsável em sua gestão, o título virá. Assim, temos times fortes. A torcida não pode ameaçar os dirigentes de agressão, indo para a porta da casa do cidadão, ameaçando famílias. Se continuarem assim, esses profissionais de mercado vão para outra área. E quem tem o dinheiro, tem outras opções. Porque ele iria colocar o dinheiro em um lugar em que ele corre riscos?”, contou.

Para o advogado, a SAF permitiu a sobrevivência de alguns clubes do futebol brasileiro. “Chegamos em 2018, 2019, com a falência dos clubes brasileiros. A Lei da SAF teve que ser tocada com urgência para salvar os clubes, eles não tinham condição de sobreviver um, dois meses. O Cruzeiro estava liquidado, o Botafogo estava liquidado. Foi uma lei feita e aproveitada politicamente para salvar os clubes, e toda lei aprovada assim é imperfeita, mas para aquele momento de urgência ela serviu. Investidores colocaram dinheiro nos clubes e eles respiraram”, finalizou.