Nova polêmica
O executivo de futebol do Grêmio, Luís Vagner Vivian não ficou muito contente com as recentes declarações de Bruno Spindel, diretor de futebol do Flamengo, que disparaou contra a arbitragem após gol anulado de Alcaraz.
Vivian reconheceu que é natural que cada dirigente defenda o próprio clube, mas destacou que essa postura afasta o dirigente rubro-negro dos outros clubes e ainda pode dificultar a evolução da arbitragem brasileira.
“Como um dirigente, do clube que seja, é lógico que cada um vai defender a sua camisa, vai vestir a camisa e defender o seu clube, mas eu acho que os clubes precisariam se unir um pouco mais para melhoria real de arbitragem, calendário, de várias coisas, de fair play (financeiro).”, iniciou em entrevista à ESPN.
Em entrevista à ESPN, ele explicou que os clubes deveriam se unir visando melhorias tanto na arbitragem quanto em áreas como calendário e fair play financeiro. “No momento que alguém defende o seu lado – ele está no direito dele -, ele acaba cada vez mais afastando os outros clubes, e a gente sabe que se não houver uma conexão entre os clubes, as coisas no Brasil vão demorar para avançar ainda em termos de liga, de arbitragem, de profissionalização da arbitragem, de fair play financeiro. E o crescimento do produto, a valorização do produto, do futebol, do jogo, que é o desejo de todo mundo, na verdade”, prosseguiu.
Prejuízos para o Grêmio
O executivo gremista também destacou que o Grêmio já sofreu prejuízos com a arbitragem, sentindo-se prejudicado por decisões incoerentes e critérios questionáveis. “A questão da arbitragem é complexa, não é com uma simples declaração que vamos resolver isso. Mas o Grêmio poderia dar a mesma declaração, também tivemos muitos prejuízos com a arbitragem, algumas faltas de critério que vemos hoje.”, pontuou.
Vivian reforçou a insatisfação com a falta de uniformidade nas decisões, inclusive com o uso do VAR, que muitas vezes gera mais dúvidas do que transparência. Além disso, ele também mencionou o descontentamento de jogadores e comissão técnica em relação à inconsistência da arbitragem, especialmente entre os atletas estrangeiros que chegam ao Brasil e enfrentam dificuldades para compreender os critérios aplicados.
“Os jogadores questionam a gente, como dirigente ou corpo técnico, porque é uma coisa aqui e outra ali, principalmente os jogadores que vêm de fora jogar no Brasil, que não entendem até mesmo a falta de critério do próprio VAR, de chamar o VAR. O caminho é a profissionalização (da arbitragem).”, continuou.
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Segundo ele, a solução passa pela profissionalização da arbitragem, um processo que, para avançar, precisa do apoio e da pressão coletiva dos clubes. “Assim como os clubes também precisam se profissionalizar cada vez mais e trabalharem mais em união. A arbitragem também precisa dar esse passo. Mas acho que depende da união dos clubes também para isso.”, completou.