O Botafogo perdeu a primeira partida no Nilton Santos neste Campeonato Brasileiro. Jogando o clássico contra o Flamengo, o Glorioso foi superado pelo placar de 2 a 1 e pode ver a diferença na liderança cair para oito pontos caso o Palmeiras vença o Corinthians. Mas outro assunto veio à tona nos bastidores: Bruno Lage.
Após a derrota, o treinador colocou o cargo à disposição no Fogão, o que acabou surpreendendo a todos, diretoria e jogadores. Apesar disso, após uma conversa ainda no estádio, ficou decidido que o treinador segue no Glorioso. Muitos torcedores se irritaram com a declaração, dando a entender que agora a pressão será ‘ainda maior’.
Fez um comentário que ninguém havia enxergado
Apesar disso, durante o programa ESPN FC, o comentarista Zinho analisou o momento do Botafogo. “São dez pontos, é uma belíssima vantagem, mas perdeu o clássico dentro de casa, a invencibilidade no tapetinho, e por escolhas dele a vaga na Sul-Americana. Aí vem a contestação. Fui totalmente contra a escalação que fez contra o Defensa y Justicia no primeiro jogo, que empatou. Poupou, só botou dois titulares, tomou uma vaia, o torcedor cobrou e reclamou, porque time não correspondeu. Uma semana depois, na Argentina, faz o contrário, bota quase o time todo titular, só não jogaram Adryelson, Eduardo e Tiquinho Soares. Perde o jogo e a classificação, o torcedor vai no aeroporto aplaudir e apoiar. Porque era o jogo contra o Flamengo, grande rival, está fora, desclassificou, priorizou, mas tem que ganhar do Flamengo. Aí vem a derrota, vem toda uma cobrança, uma pressão”, iniciou.
Além disso, ele enxergou o fato como uma ‘estratégia’ de Bruno Lage na coletiva para chamar toda a responsabilidade. “Acho que ele já fez uma estratégia, ‘está pressão em cima de mim, reclamando de escolhas, trago para mim a responsabilidade. Não é possível que falou meu trabalho está ruim, perdi o clássico, será que vou perder o título?’ Ele sabe que a diretoria não aceitaria demissão, que jogadores iam se manifestar pela permanência. Aí, ninguém falou do time, se teve falha ou não, das escolhas de JP e não Do Placido, do Segovinha e não JS ou LH. Ficou mais sobre a declaração dele e a não entrevista, porque se levanta e sai. Ficou mais em cima de que entrega o cargo e encerra a coletiva. Acho um grande exagero”, concluiu.