Na próxima segunda  (18) a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e Liga Forte Futebol do Brasil (LFF) farão sua primeira reunião em São Paulo. Será o primeiro encontro entre os grupos após a formalização dos dois blocos. Antes mesmo de oficializar a LFF, os clubes tentaram por duas vezes organizar conversas com representantes da Libra. A primeira acabou desmarcada em cima da hora e, ao ser tentada uma nova data, com a informação de que participariam membros técnicos para iniciar negociação, a Libra recuou. O convite formal enviado dias depois foi respondido depois do anúncio da criação do bloco com 25 clubes. A reunião desta segunda não significa necessariamente uma mudança nesse quadro.

Em resumo, a Libra formou uma comissão com três dirigentes para ouvir a exposição e propostas da LFF, mas sem autonomia para negociar. Duílio Monteiro Alves (Corinthians), Andrés Rueda (Santos) e Thiago Scuro (Bragantino) serão os três responsáveis por levar aos demais membros da Libra as projeções e propostas apresentadas pela LFF. Do outro lado, a LFF criou uma comissão para liderar as tratativas antes mesmo de formalizar a liga, com seis clubes: América-MG, Atlético-MG, Fortaleza, Fluminense, Internacional e um integrante da Associação Nacional de Clubes de Futebol (ANCF), que representa diversas agremiações da Série B do Brasileiro.

Os temas que levam ao impasse que se arrasta há alguns meses são conhecidos. Divergências no rateio de receitas, no percentual destinado aos clubes da Série B e nos critérios de divisão de cotas atreladas a variáveis como performance esportiva e engajamento. A LFF pretende identificar os pontos em comum nos estatutos das duas ligas que possam servir como base de um documento para criação de uma liga única no futuro. Há diferenças importantes, como a necessidade de unanimidade na Libra para mudar questões como o rateio de receitas. Na LFF, a opção foi por maioria qualificada.

Via: Jovem Pan Esportes

Como os direitos da Série A estão negociados até o fim de 2024, na CBF a leitura é de que uma eventual troca de gestão do Campeonato Brasileiro só aconteça a partir de 2025. Mas a Libra vislumbra uma espécie de co-organização já em 2024 como forma de suavizar a transição. Tudo depende de quanto tempo será necessário para que os blocos cheguem a um consenso.