Se você não ouviu falar sobre a Ingrid Aparecida Borges de Morais certamente vai ouvir em breve. A jogadora de apenas 16 anos já chama a atenção na pequena cidade de Ouro Verde do Oeste, no Paraná, onde vive atualmente. Conhecida como Jhonson a atleta foi destaque da seleção brasileira feminina no Campeonato Sul-Americano Sub-17 de 2022 ao marcar 9 gols.
A jovem promessa possui contrato com uma grande marca esportiva e virou notícia também pela multa rescisória imposta pelo clube que detém seus direitos, o Toledo, que mantém parceria com o Ouro Verde. Sua multa rescisória é alta para os padrões do futebol feminino cerca de R$5 milhões. Isso em caso de transferência dentro do Brasil. Para clubes do exterior, a multa é de US$ 10 milhões ou seja cerca de R$ 47 milhões de reais. Só para efeito de comparação, a transferência mais cara da modalidade foi da atacante dinamarquesa Pernille Harder do Wolfsburg para o Chelsea por cerca de 1 milhão e 700 mil reais, em 2020.
“Esse é o objetivo, esse é o objetivo, assustar. E mostrar que a mulher tem valor. Ou não? Por que o masculino pode chegar e botar o peito pra fora pra dizer que aquele jogador vale 30 milhões de dólares, aquele jogador vale 500, vai ganhar tanto, e a menina tem que custar 300 reais, 500 reais, mil reais? A mulher tem que ser valorizada, o feminino tem que ser valorizado”, afirmou Jaime Lira, técnico da atleta no Toledo/Ouro Verde e também descobridor da jogadora no Paraná.
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Jhonson começou sua história no futebol aos 14 anos quando deixou Londrina para receber uma oportunidade no Ouro Verde, projeto de Jaime Lira, que além de técnico, também é fazendeiro na região. O começo, na transição do futsal para o futebol, não foi muito fácil, mas atualmente ela brilha bastante dentro de campo. Agora o próximo desafio da jogadora será o Mundial Sub-17, na Índia, em outubro, caso seja realmente convocada para a competição. A expectativa é que após a competição deixe a equipe paranaense.
