Temporada para ser esquecida
Não é segredo para ninguém que o Botafogo começou cair no desempenho após a saída de Luís Castro para o futebol árabe. Contudo, logo após a equipe teve alguns comandantes: Cláudio Caçapa, Bruno Lage, Lúcio Flávio e atualmente Tiago Nunes.
Porém, a equipe seguiu caindo de produção no returno do torneio, perdeu a liderança e acabou finalizando o campeonato na quinta colocação com 11 partidas sem vitórias. Sabendo disso, recentemente, um dos ex-treinadores do Glorioso veio a público para explicar a sua saída.
Trata-se do ex-técnico interino, Lucio Flavio que foi demitido na reta final do Campeonato Brasileiro após resultados ruins e perda da vantagem na liderança. Em entrevista ao UOL Esporte durante uma live no YouTube, o profissional lamentou sua saída e atribuiu a fatores externos, após ser questionado pelo jornalista Paulo Vinícius Coelho.
“O próprio PVC foi um dos primeiros a ter um contato com John Textor, que passa ao PVC que eu seria novamente recolocado como auxiliar do clube. Como bem colocou o PVC, eu era funcionário. Mesmo não fazendo parte do contexto do elenco profissional, com a saída do Luís Castro, que foi uma coisa que o clube não queria e não imaginava, quem é solicitado para ir contribuir sou eu, que era o treinador da equipe sub-23. Mesmo não estando lá diariamente”, começou dizendo.
Justificativas da sua saída
“Eu entrei juntamente com o Cláudio Caçapa e demos sequência. Tem essa questão de opinião pública e do que teve no Botafogo de rede social. Isso já havia acontecido no Botafogo no sentido de Estadual que não foi ideal, teve muita questão de rede social, e John Textor foi firme de manter o comando. Eu não era o técnico que iria permanecer no clube, era um auxiliar que virei treinador interino, tentamos dar continuidade ao que era da nossa parte, manter a equipe brigando, infelizmente o único profissional que acabou demitido fui eu. De fato, as SAFs vieram, mas precisamos mudar nossos comportamentos e pensamentos em relação ao futebol brasileiro”, declarou Lucio Flavio.
Lucio Flavio em sua passagem pelo Botafogo. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Além disso, aproveitou a ocasião para comentar sobre a reta final do Brasileirão e os gols sofridos no fim, que mexeram com a parte psicológica do elenco. “Acredito que foi um fator que talvez (pesou) sim. Se for pegar em relação a esses momentos, começa no jogo com o Palmeiras, a primeira vez, abrimos margem no primeiro tempo e sofremos virada na última bola do jogo. Vem sequência de jogos que passamos pelo processo psicológico e emocional, como contra o Grêmio. Isso demonstrava sim esses sinais. Mas quando vamos para o jogo com o Bragantino, forte, que brigava conosco, tivemos boa reação e levamos gol de novo no final”, começou analisando.
“Nos últimos jogos, já com Tiago (Nunes), percebemos a mesma coisa. São situações pouco comuns de se ver, principalmente contra o Coritiba. Quando se tinha esses momentos, era praticamente um gatilho, equipe teve dificuldades e deixou muitos pontos nesses finais de jogo”, concluiu.