Botafogo jogando na Europa?
No centro das discussões sobre o futuro do futebol global, o empresário John Textor, conhecido por sua ligação com a SAF do Botafogo e sua participação majoritária no Crystal Palace, vem se destacando não apenas por sua influência nos bastidores, mas também por suas propostas ousadas e controversas para o esporte.
Recentemente, o dirigente foi destaque em um seminário sobre futebol em Londres, organizado pelo renomado jornal ‘Financial Times’. Na ocasião, ele não apenas defendeu a criação de uma Superliga Mundial, como também criticou severamente as regras financeiras da Premier League, lançando luz sobre questões fundamentais que afetam o futebol contemporâneo.
“Não quero apoiar uma marca específica de superliga. Acredito que o mundo quer jogar futebol. O Botafogo quer vir para a Europa e jogar com os melhores. Eu comecei o campeonato mundial de snowboarding quando não era permitido esquiar. A evolução vai acontecer, se você não evolui, você está extinto”, esclareceu Textor.
“O fair play financeiro é uma fraude. Está claro que (as regras) foram criadas para garantir que os clubes que não gerem receitas significativas não consigam recuperar esse atraso. Não importa se você tem 1 bilhão de dólares, você não tem permissão para gastá-lo. Isso faz algum sentido?”, questionou John.
Textor busca revolucionar o futebol internacional
A proposta de uma Superliga Mundial, apresentada por Textor, visa revolucionar o cenário do futebol internacional, permitindo que clubes de diferentes continentes compitam em um nível global.
Inspirado em seu passado como um dos pioneiros na criação do Mundial de Snowboard, o empresário enfatizou a necessidade de inovação e evolução no esporte, afirmando que uma nova abordagem poderia revitalizar o interesse e a competitividade das competições de clubes em todo o mundo.
No entanto, suas ambições foram acompanhadas por críticas contundentes às regras de rentabilidade e sustentabilidade da Premier League. Textor argumentou que tais regulamentos favorecem os clubes mais ricos, restringindo os gastos dos clubes menores e dificultando sua capacidade de competir em igualdade de condições.
As opiniões de Textor ecoam um debate mais amplo sobre a distribuição de recursos e oportunidades no futebol global. Enquanto os defensores de suas propostas veem nelas um potencial para revitalizar o esporte e torná-lo mais inclusivo e emocionante, os críticos levantam preocupações sobre o impacto negativo que tais mudanças poderiam ter na integridade e na tradição do jogo.
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Textor critica Campeonato Francês
Durante sua participação em uma feira de negócios de futebol em Londres, John Textor, também dono do Lyon, fez questão de expressar suas críticas ao cenário atual do Campeonato Francês. O empresário norte-americano destacou como o domínio do PSG, vencedor de nove das últimas onze edições, tem prejudicado o interesse dos torcedores pela competição.
“Quem vai se interessar pelo Campeonato Francês e assistir na TV se soubermos quem vai ganhar? (…) Todos lutam pelo segundo lugar, é o mesmo time que vence todos os anos. Outros clubes estão competindo com o governo, não com uma empresa privada”, disparou o empresário.
Desde que Al-Khelaifi assumiu o controle do PSG em 2011, o clube parisiense tem se mantido como uma força dominante no futebol francês, graças aos investimentos maciços feitos por meio da Qatar Sports Investment (QSI), liderada pelo sheik Tamim bin Hamad al-Thani.
Atualmente, o Glorioso ocupa a quinta colocação do Campeonato Carioca, com 17 pontos. Para avançar de fase, a equipe alvinegra precisa vencer o Fluminense no próximo domingo (3), pela última rodada do Estadual.