Sem provas de manipulação
O empresário John Textor, figura importante no futebol brasileiro figurando como dono do Botafogo, está no centro de uma série de controvérsias e investigações no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
As acusações contra o norte-americano surgiram após declarações feitas por ele no início de março, nas quais alegava possuir evidências de manipulação de resultados no futebol brasileiro nos últimos três anos (2021, 2022 e 2023), incluindo gravações de árbitros reclamando do não recebimento de propinas prometidas.
Textor será julgado
Textor foi denunciado ao STJD por não apresentar as supostas provas dentro dos prazos estabelecidos. O presidente do tribunal, José Perdiz de Jesus, solicitou a entrega das evidências, porém, o empresário não as apresentou, o que levou à abertura de inquérito para apurar as alegações.
Apesar de repetidas determinações do relator do caso, auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva, John não cumpriu os prazos para a apresentação das provas. Em sessão do Pleno do STJD realizada em 14 de março, por unanimidade de votos, foi declarada a competência da Justiça Desportiva para a apuração dos fatos.
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Contudo, por maioria dos votos, não foi referendada a suspensão automática de Textor, que agora enfrenta o julgamento no tribunal. Além dessa denúncia, Textor será julgado em 9 de abril pelo episódio ocorrido durante a partida entre Botafogo e Palmeiras no Brasileirão do ano passado.
Na ocasião, o dono do Glorioso invadiu o campo e acusou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de corrupção devido a supostos erros da arbitragem. Embora tenha sido punido preventivamente, Textor foi posteriormente absolvido pelo STJD. No entanto, o recurso da Procuradoria será analisado em breve.
Em uma investigação separada, o procurador-geral do STJD, Ronaldo Piacente, deu ao americano um prazo de três dias para apresentar provas relacionadas a alegações de manipulação nos jogos entre Palmeiras e São Paulo de 2023 e Palmeiras e Fortaleza de 2022. Caso não as apresente, o dirigente do Alvinegro corre o risco de ser automaticamente suspenso até que as evidências sejam apresentadas ao tribunal.