Técnico estrangeiro virou moda?
O Cuiabá surpreendeu o mercado de treinadores ao anunciar a contratação do português Petit, vindo do Boavista, para comandar a equipe. Essa movimentação ressalta uma tendência crescente no futebol brasileiro: o aumento do número de técnicos estrangeiros atuando no país.
A chegada de Petit ao Dourado marca não apenas uma mudança na equipe mato-grossense, mas também uma transformação no panorama dos treinadores no Campeonato Brasileiro.
A análise do jornalista Diogo Olivier, em sua coluna no portal “GZH”, oferece insights valiosos sobre essa questão. O profissional destaca quatro paradigmas que estão sendo quebrados com a ascensão dos treinadores estrangeiros no futebol brasileiro.
O primeiro paradigma diz respeito à presença de comandantes europeus no cenário nacional. Antigamente, era incomum ver treinadores estrangeiros dirigindo equipes brasileiras, mas essa realidade vem se transformando rapidamente.
Outro paradigma é a noção de que os técnicos estrangeiros não conquistavam títulos no Brasil. No entanto, essa ideia foi desmistificada com o bicampeonato nacional de Abel Ferreira, técnico português do Palmeiras, mostrando que o sucesso no futebol brasileiro não é mais exclusividade dos treinadores locais.
Coudet quebrando paradígmas
Além disso, a ideia de que os treinadores estrangeiros viriam apenas de passagem, sem estabelecer raízes no país, também está sendo desafiada. Exemplos como Eduardo Coudet, que retornou ao Brasil para treinar o Internacional após uma breve passagem pela Espanha, demonstram que esses profissionais estão contribuindo para a evolução do futebol brasileiro a longo prazo.
Por fim, falta apenas um treinador estrangeiro assumir a Seleção Brasileira para que todos os paradigmas mencionados por Olivier sejam completamente quebrados.