Focado no retorno aos gramados
Na liderança do Campeonato Carioca com 21 pontos, o Fluminense não esconde seu foco em fazer um bom começo de temporada. Além da competição estadual, o escrete do Tricolor ainda terá neste mês de fevereiro a decisão da Recopa Sul-Americana.
A boa notícia é que para esses dois compromissos decisivos, Diniz terá um reforço caseiro: Manoel. Isso porque a suspensão do zagueiro, que acabou suspenso pela Conmebol após ter testado positivo para a substância ostarina, acabou na última segunda (19), e assim ele poderá ajudar os colegas de elenco.
Às vésperas do embarque para Quito, o defensor concedeu uma entrevista ao Globo Esporte onde detalhou a situação que o pegou de surpresa. Quando foi noticiado de que ele havia sido pego no doping por uso de uma substância anabolizante, o jogador sentiu um misto de sentimentos.
“No começo foi muito difícil, foi um baque muito grande para mim e para a minha família. Pergunto o que aconteceu, o que eu fiz? O que eu tomei? Não sabia. Ficou aquela ansiedade muito grande. Fiquei duas semanas sem conseguir falar com a minha mãe. Por vergonha. Fiquei muito mal. Comecei a correr atrás do que aconteceu”, começou dizendo e, completou logo após:
Detalhes da situação que resultou em doping
“Tinha acabado de fazer uma cirurgia no joelho, estava tomando remédios para recuperar e tomei um remédio manipulado com contaminação acidental. Consegui comprovar a minha inocência. Mas foi muito doloroso. Muito difícil. Agora estamos aqui muito felizes. Vim logo no primeiro dia que pude voltar ao clube e me senti muito feliz”.
”É difícil falar. Comecei a ficar mal. Não sabia o que tinha acontecido. Tenho uma carreira limpa, 15 anos de inocência. Fiquei com tanta vergonha que não consegui falar com a minha mãe. Liguei para ela e disse”.
Na ocasião, o camisa 26 foi suspenso de forma preventiva após um exame realizado após a goleada por 5 a 1 em cima do River Plate no dia 2 de maio, no Maracanã, pela fase de grupos da Libertadores. Embora não tenha sido acionado no dia, ele acabou sorteado pela entidade.
Devido às regras da suspensão, o atleta ficou impossibilitado de frequentar o Centro de Treinamento Carlos Castilho na Barra da Tijuca e nem mesmo ter contato com companheiros de equipe pessoalmente. Porém, desde o início ele tinha certeza da sua inocência e de que conseguiria provar isso na corte.
A partir daí, Manoel não mediu esforços para manter a forma longe dos gramados e contratou advogados para reverter a situação. Com personal ele passou a realizar treinos na praia e na academia e não parou, principalmente depois da conquista inédita da Libertadores.
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Alívio após comprovação da inocência
“Estou muito feliz por estar de volta. Me dedicando, treinando. Não fiquei parado, fiquei treinando. Me sinto bem. Esse ano vai ser muito mais difícil que ano passado porque todo mundo vai vir para cima da gente. Mas nós temos um grande elenco, chegaram jogadores de qualidade para deixar o elenco ainda mais forte”, relatou.
No fim das contas, o atleta conseguiu provar que o doping realmente aconteceu de forma acidental, mas acabou punido por oito meses a partir do dia 19 de junho de 2023, data do início da suspensão provisória. Agora, Manoel segue na expectativa de ver a torcida de perto e estar dentro das quatro linhas. A boa notícia é que poderá retornar logo na altitude onde em situações adversas ele possui um truque curioso para se manter bem.
“Joguei três vezes na altitude. Duas pelo Athletico-PR, uma pelo Fluminense. Eu procuro aquecer muito. Tentar cansar já no aquecimento. Mas lá é diferente. A bola fica mais rápida, a reação é diferente. Eu tento cansar mais rápido no aquecimento para cansar menos na hora do jogo e ir me controlando”, pontuou.