O Botafogo segue mais focado do que nunca na missão de voltar a vencer no Campeonato Brasileiro. Contudo, agora sob nova direção, a equipe alvinegra terá que se esforçar ainda mais, já que alguns clubes que estavam disputando outras competições estarão focados apenas no torneio nacional. Pelo menos é o que acha o técnico Renato Gaúcho.

O comandante do Grêmio, que ocupa atualmente a terceira posição, abordou o Glorioso na coletiva desta sexta (6), que antecede o clássico, e afirmou que a briga pelo título está aberta. “O Campeonato Brasileiro é longo, é difícil. Dificilmente uma equipe dispara e vai até o final do campeonato, sempre vai haver um tropeço. Agora, uma preocupação a mais para o Botafogo, pelo menos na minha opinião, é que outros grandes clubes e grandes equipes entram na briga. É o caso do Flamengo, que está só no Brasileiro, é o caso do Palmeiras, que saiu da Libertadores e vai focar mais do que nunca no Brasileiro. Então, são mais adversários que o Botafogo vai encontrar pela frente”, afirmou.

Ainda durante a conversa com a imprensa, o treinador foi questionado sobre a instabilidade do time carioca que demitiu Bruno Lage recentemente. Para ele, a aproximação dos demais concorrentes na tabela pode afetar o emocional dos atletas. “Em relação à troca de técnicos, aí é problema do clube, não sei o que se passou… Mas é aquela vontade, de você estar bem na frente, com muita gordura, e de repente durante o campeonato você vai perdendo essa gordura e uma boa parte da torcida já não acredita mais no título, aí vem a cobrança, que é normal num grande clube, principalmente quando eles estavam com aquela gordura toda e todos cravavam que o Botafogo ia ser campeão. Em se tratando de futebol, você não pode falar que é campeão enquanto não garantir matematicamente”, analisou e em seguida, finalizou:

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“Faltam 13 jogos, muita coisa ainda pela frente, são 39 pontos a serem disputados, são grandes equipes que entram juntamente com o Grêmio e com outras equipes que estavam chegando próximo do Botafogo. No momento que você joga com essa gordura toda, você olha no retrovisor e vê um adversário muito distante, te dá tranquilidade, a bola não queima no teu pé, você comete um erro, o torcedor entende e te aplaude. Outra coisa é olhar no retrovisor, ver uma galera chegando e aí começa a dar desespero. Aí começa a errar, a torcida começa a cobrar, a bola começa a queimar no pé, os adversários começam a se aproximar, você não joga mais com aquela tranquilidade que você estava jogando lá atrás… É reta final, tem muita coisa para acontecer, enquanto houver chances temos que correr atrás do título, porque no futebol tudo é possível”.