Entre amores e desamores

Abel Ferreira vive um momento de oscilação na temporada, mas a verdade é que o treinador vem fazendo história no Palmeiras conquistando diversos títulos desde que chegou ao clube paulista, se consagrando como um dos técnicos mais bem sucedidos da atualidade no futebol brasileiro.

Apesar disso o treinador desperta sentimentos antagônicos, isso porque além dos bons resultados dentro de campo, o treinador costuma ter uma postura mais enérgica e é dono de opiniões fortes que acabam gerando descontentamento em alguns.

Um exemplo de quem tem uma visão ambivalente de Abel é Diego Lugano. Apesar de reconhecer o bom trabalho do treinador português no Palmeiras, o ex-zagueiro do São Paulo não hesitou em criticar a postura de Abel perante o público. Em uma entrevista ao programa “Fominha”, do canal Camisa 21, Lugano destacou o conhecimento tático de Ferreira, mas expressou desconforto com sua maneira de se comunicar.

Lugano elogiou a competência técnica de Abel Ferreira, afirmando que se identifica com o estilo de jogo promovido pelo treinador. “Acho ótimo treinador. Taticamente, é o treinador que mais me identifico, até pela minha forma de jogar. Me vejo muito no Gustavo Gómez, por exemplo. Então, um treinador como o Abel faz com que você se destaque”, destacou Lugano. O ex-zagueiro reconheceu o impacto positivo que Ferreira teve no desenvolvimento de jogadores e no desempenho tático da equipe.

Ponto de melhoria

No entanto, a postura de Abel fora dos campos gerou descontentamento em Lugano. Ele criticou o treinador por considerar que ele “subestima um pouco” a inteligência dos brasileiros e sul-americanos. “Eu não gosto muito como ele se posiciona às vezes perante o público, brasileiros e sul-americanos. Acho que ele subestima um pouco nossa inteligência”, afirmou Lugano.

Abel subestima o brasileiro?

Abel subestima o brasileiro?

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Para ele, algumas declarações de Abel têm um tom condescendente que não é bem recebido. Lugano expressou sua frustração com a forma como o treinador se posiciona publicamente, comparando a situação a um desprezo pela experiência e competência dos profissionais sul-americanos.

” E isso me humilha, porque joguei bem na Europa. Tudo bem, são um pouco superiores, mas as vezes parece que ele quer ser o segundo Cristóvão Colombo descobrindo a América e nos dar conselho de ética, de como nos comportar, falar e pensar. Eu não gosto. Me sinto humilhado. Acho que ele subestima a inteligência do brasileiro e do sul-americano”, disparou.