Reviravolta
O Palmeiras venceu o Atlético-GO por 1 a 0, na noite do último sábado (23), no Estádio Antonio Accioly, em duelo válido pela 35ª rodada do Brasileirão Betano, resultado que, combinado com o tropeço do Botafogo, fez o alviverde assumir a liderança da competição nacional.
Vale destacar que o resultado faz com que o Verdão invertesse o favoritismo na luta pelo título da competição, indo de 46,14% para 69,74% de chances de erguer a taça. Apesar das boas notícias, o desempenho da equipe paulista não agradou, principalmente tendo em vista que enfrentou o Dragão, que estava brigando para não selar o seu rebaixamento de forma antecipada.
Preocupações
Para se estabelecer como favorito de fato e colocar uma mão na taça, o time precisa superar o confronto direto contra o Botafogo, na 36ª rodada. Porém, o desempenho recente da equipe, que mesmo vencendo acende um sinal de alerta, será colocado à prova contra uma equipe que está no topo da tabela, como é o caso do alvinegro carioca, que vem desempenhando um bom futebol.
Após rebaixar o Atlético-GO, o técnico Abel Ferreira admitiu que, devido ao desempenho irregular da equipe, temeu perder a partida no Antonio Accioly. “Não posso dizer que não senti (receio), porque o futebol é mágico. No futebol, um arremate de fora da área, um sobressalto, um gol contra. Isto tudo pode acontecer”, disse o técnico.
Até aqui, Abel apresentou algumas justificativas para o desempenho abaixo do esperado do alviverde paulista. Desta vez, uma condição que teria prejudicado a equipe foram as condições climáticas e do gramado, mesmos argumentos usados na partida contra o Bahia. “Estava no hotel e começou a chover dentro do meu quarto. Eu disse: ‘Tem que buscar umas toalhas’. Comecei a rezar para que o campo se portasse minimamente bem. E acabamos por ter sorte, mas (ficou) um campo pesado, duro”, disse o treinador, que seguiu recordando os desafios enfrentados contra o tricolor baiano:
“Já tinha sido um jogo extremamente difícil na Bahia. Campo difícil, calor, desidratação da equipe é absurda (…) Vamos ser sinceros, o importante é ganhar. O importante agora. Ninguém se vai lembrar que somos o melhor ataque, somos a melhor (defesa). Ninguém se vai lembrar. O que se vai lembrar são as vitórias. E, hoje, era preciso sair do corpo em função não só do nosso adversário, mas, sobretudo, do maior adversário que, na minha opinião, hoje, foi o gramado, pelo peso”, completou.
Outro ponto que preocupa Abel são as questões psicológicas do elenco. Abel não ficou satisfeito ao ser questionado sobre os ajustes que serão necessários para encarar o Botafogo e disparou que não está sendo levado em consideração a pressão e o lado mental dos jogadores. “Eu acho isso muito interessante, que vocês falam. Há um aspecto que ninguém toca, que é o lado mental, que ninguém toca nisso, porque ninguém sabe. Ninguém mais que os jogadores sentem a pressão de ser obrigado a ganhar, e ninguém toca nisso, e isso, de fato… é preciso saber lidar com esses momentos”, disse ele.
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“Às vezes, quando olham para os jogadores, acham que nós somos máquinas, que os jogadores são máquinas. O que eu queria, o que eu pedia aos jogadores, era para chegar aqui, pôr a bola no chão, não deixar o Goianense sair de lá e fazer três ou quatro gols. Isto foi o que eu pedi aos meus jogadores. Isto foi o que eu pedi aos meus jogadores. Só que os meus jogadores têm emoções. Tem o adversário. Só que vocês nunca colocam isso na equação”, continuou.
Confronto direto
Se, por um lado, Abel vai precisar fazer ajustes na equipe e superar alguns desafios, por outro, um ponto que pode favorecer o Verdão na ‘final antecipada’ do Brasileirão Betano é o fato de o Botafogo ter um grande compromisso logo após o confronto direto contra o Palmeiras. O clube carioca encara a final da Libertadores contra o Atlético-MG no dia 30. A bola rola para Palmeiras x Botafogo na próxima terça-feira (26), no Allianz Parque, às 21h30 pelo horário de Brasília.