Falta de diálogo entre SAF e clube associativo

O Vasco vive uma nova fase, a equipe que enfrentou momentos difíceis na temporada tenta viver uma experiência diferente em 2024 e agora está focado na estreia do Campeonato Brasileiro que acontece no domingo (14) diante do Grêmio.

Um dos grandes desafios para o sucesso da equipe é a relação entre a SAF e o associativo. Pedrinho, presidente eleito do clube, já revelou que gostaria mais de participar da tomada de decisões, e contou inclusive que a licitação do Maracanã foi algo por conta própria pela SAF sem qualquer comunicação com o associativo.

A 777 Partners parece não ter aprovado as declarações do dirigente e nos bastidores estaria alegando que se sente pressionado junto à torcida para o presidente participar da reformulação do clube.

A torcida mais engajada do Brasil

Mesmo com pouca influência nas decisões administrativas, Pedrinho, ídolo do Vasco, ainda tem o apoio da torcida, a qual ele exaltou como maior patrimônio do clube e elegeu como o mais fiel e engajado do futebol brasileiro.

“O torcedor carrega o clube na essência. A gente poderia ter um clube, não vou citar o nome, que poderia ser campeão da Libertadores e Brasileiro, mas não tem torcida. Ele nunca seria grande por mais títulos que tivesse porque não tem o tamanho da torcida do Vasco.”, disse Pedrinho em entrevista ao Futbolaço Podcast.

O dirigente ainda demonstrou confiança de que o Vasco pode chegar ainda mais longe. “Eu sinto na pele quando eu perco o carinho do torcedor. Eu tenho certeza que o Vasco pode ir mais longe do que o momento que se encontra? Claro que eu tenho certeza disso! Se o Vasco consegue muitas coisas, pode botar muita coisa na conta do torcedor. Não existe torcida mais fiel e verdadeira de amor e engajamento do que a torcida do Vasco. Não estou falando isso com clubismo.”, acrescentou.

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Sobre a SAF, Pedrinho afirmou que não pode declarar publicamente as suas opiniões. “Eu não posso falar publicamente. Internamente, de sócio para sócio, eu falo todas as verdades. O contrato, que não foi feito por mim, foi feito pela gestão passada, eu não concordo com quase nada que foi feito. Não fui eu que fiz, mas entrei sabendo. O trato interno é duro. Eu fico indignado com muitas coisas. O ‘não posso falar’ são cláusulas de confidencialidade que não foram feitas por mim.”, afirmou.

Mesmo sem falar de forma direta, Pedrinho demonstra que existe dificuldade de diálogo entre o clube associativo e a 777, dona da SAF cruzmaltina. Mesmo com as diferenças, a verdade é que a situação atual é melhor do que a já enfrentada pelo clube na época de Kleber ‘Gladiador’ que declarou que o Gigante da Colina era uma verdadeira ‘várzea’.

O que pensam os torcedores