Situação alarmante

A A-CAP, empresa americana que assumiu o controle da 777 Partners, não vive um bom momento, a empresa está à beira da falência e colocou o Vasco da Gama à venda, junto com outros ativos da companhia que incluem sete clubes de futebol (Vasco, Standard de Liège, Genoa CFC, Red Star FC, Hertha Berlin, Sevilla, Melbourne Victor), aviões e iates.

As informações foram divulgadas pelo site norueguês Josimar Football. De acordo com o portal a empresa de Josh Wander, que vinha enfrentando problemas na Justiça, entrou em colapso logo após ter sido afastada judicialmente da gestão da SAF do Vasco. Já a A-CAP tem tido dificuldades para encontrar investidores para adquirir os clubes e demais bens, como um iate de luxo avaliado em US$ 1,875 milhão e além de um jato particular de US$ 20 milhões.

A situação financeira da empresa se tornou ainda mais preocupante nas últimas semanas, quando ocorreram despejos de seus escritórios em Miami e Newport Beach por falta de pagamento de aluguel. Como se não bastasse, a filial da empresa em Londres também foi alvo de uma ordem judicial para sua liquidação. “A divisão de futebol do grupo está sendo liquidada”, revelou Andrés Blazquez, CEO do Genoa, acrescentando que “três ou quatro” potenciais compradores demonstraram interesse no clube italiano.

O presidente do Vasco, Pedrinho, entrou com uma liminar em maio para afastar a 777 Partners da SAF do Gigante da Colina. Desde então, o clube carioca tem sido gerido pelo associativo, que segue buscando um novo investidor. Pedrinho afirmou que há interessados, mas destacou a complexidade das negociações: “Tem alguns interessados. Mas é uma conversa muito complexa. Tenho uma responsabilidade enorme para não errar como erraram anteriormente. Não é nada imediato, não é nada concreto”.

A dívida da 777 Partners, que atualmente é superior à casa dos US$ 600 milhões situação que tem dificultado ainda mais a busca por investidores. A preocupação é que de acordo com Blazquez o Genoa, um dos clubes à venda, está “em uma posição financeira melhor do que quando a 777 o comprou”. A situação delicada da empresa tem gerado incertezas sobre o futuro dos clubes que fazem parte da A-CAP, e encontrar novos investidores se tornou uma necessidade urgente.

Pedrinho se mantém confiante

Em coletiva de imprensa, Pedrinho se mostrou tranquilo e reafirmou a postura amigável do Vasco com a A-CAP, ele ainda ressaltou a importância de encontrar um investidor que esteja alinhado com os valores e objetivos do clube. “Como eles foram cordiais e gentis, a gente espera que a relação termine também de uma forma boa para ambos os lados. A busca por um novo investidor não é somente financeira, porque isso é o que a gente mais tem recebido do mercado. É saber quem vai fazer parte da instituição Vasco da Gama, para que a gente não cometa o mesmo erro que foi cometido”, concluiu.

Em julho, o presidente já havia confirmado que negociava com a A-CAP a venda do futebol do Gigante da Colina e afirmou que o clube estava correto quando buscou a liminar que tirou da 777 Partners.


“Fui informado de que a 777 não é mais controladora do futebol, de nenhum time de futebol. Eles, através do Josh e sua diretoria, foram destituídos do controle do futebol. Isso prova para muitas pessoas que bateram na liminar que nós estávamos corretos. Nós salvamos o Vasco de uma massa falida, que isso fique claro. Como nós já havíamos previsto isso, conseguimos nos estruturar para que não acontecesse o pior”, disse Pedrinho na época.