São Paulo acionado na Justiça
Agnello Souza, olheiro e empresário, formador de Helinho e Militão na escola de futebol “Camisa 10” entrou com uma ação judicial contra o São Paulo Futebol Clube. A causa envolve uma indenização de R$ 1,9 milhão, relacionada à transferência do atacante Helinho para o Red Bull Bragantino, em 2022. A ação tramita no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e alega que o clube não cumpriu o contrato que estabelece uma porcentagem das vendas dos atletas.
O que Agnello cobra ao Clube da Fé?
O contrato entre o empresário e o São Paulo incluía uma cláusula que garantia a Agnello 5% do valor de venda dos jogadores, em caso de transferência para outros clubes. No caso de Militão, que foi negociado com o Porto em 2018, o empresário recebeu a porcentagem acordada de forma amigável, por meio de um acordo extrajudicial.
Porém, a situação envolvendo Helinho foi diferente. Após a venda do jogador ao Bragantino por R$ 24 milhões, em 2022, e sua posterior transferência ao Toluca do México por R$ 84 milhões em 2023, Agnello não obteve a compensação financeira prevista. De acordo com Agnello, a ausência de pagamento referente à transferência de Helinho motivou o ajuizamento da ação.
O empresário já havia notificado o São Paulo em duas ocasiões, por meio de seus advogados, mas não recebeu resposta. O olheiro afirma que a cessão de direitos de seus atletas é um acordo condicional, que depende das transferências futuras, e que o clube deve cumprir o que foi acordado. Agnello ainda expressou disposição para resolver a situação de forma amigável, caso o São Paulo manifeste interesse em negociar.
O que diz o empresário?
“Ocorre que após a transferência do Helinho para o Bragantino, e posteriormente para o clube em que está hoje (Toluca, do México), eu já notifiquei o São Paulo duas vezes por meus advogados. Mas eles nunca me responderam, nem a mim e nem aos advogados. Então decidimos ajuizar a ação requerendo o direito adquirido dos 5% que o São Paulo cedeu via contrato”, explicou em entrevista ao GE.
Jogador Helinho do São Paulo durante partida contra o Agua Santa no Morumbi pelo campeonato Paulista 2020. Foto: Alan Morici/AGIF
“Entendo que é um direito de cessão, futuro e condicionante, ou seja, eu só receberia caso o atleta fizesse a sua formação no clube e dele fosse transferido. Estou disposto, por minha advogada, a negociar também amigavelmente caso seja do interesse do clube”, completou.
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Até o momento, o São Paulo optou por não se pronunciar sobre a ação judicial. A decisão de entrar com a ação foi tomada após o descumprimento do acordo por parte do clube, que se recusou a pagar os 5% devidos ao empresário.