Situação complicada em General Severiano
O Botafogo sofreu uma reviravolta e tanto no Brasileirão desta temporada. A equipe alvinegra liderou o certame nacional por vários meses, mas acabou engatando uma sequência de maus resultados e viu o Palmeiras assumir a ponta da tabela. Contudo, após a perda da chance de conquistar o título vários torcedores começaram a especular como seria se Luís Castro ou Claúdio Caçapa tivessem continuado à frente do clube.
Esse último comandou o Glorioso por quatro jogos e obteve quatro vitórias como treinador interino. Contudo, por opção da Eagle Football, ele acabou não continuando no Alvinegro e nem voltando a ser auxiliar do Lyon (FRA), e virou técnico no RWD Molenbeek (BEL). Recentemente, Lucio Flavio detalhou como foi a parceria com o ex-jogador.
“No Palmeiras, o Abel (Ferreira) veio e manteve as pessoas do clube. Trouxe uma comissão técnica, mas manteve os do clube. Isso dito por profissionais do Palmeiras. Quando você abre mão disso, tem o risco de na saída do treinador ter uma quebra. Luís (Castro) trouxe um coordenador que veio fazer parte da base, final de julho, início de agosto (de 2023), a partir daí começa a ter uma conexão da equipe B para baixo ou até para a principal”, começou dizendo.
“Luís estava há cinco meses e eu não tinha ido a um treino. Conhecia por ir aos jogos, seja no estádio ou pela TV. Conhecia por causa disso. Quando veio o coordenador, existia questão do Botafogo Way. Teve um momento em que todos fomos assistir a um treino, designado pelo coordenador. Nesse dia Luís veio, fez uma reunião conosco, mostrou os processos, não apenas em relação ao Botafogo, até do trabalho dele no Shakhtar. Mostrou um pouco o processo da comissão, de treinamentos, bacana. A partir daquele dia me chamou e disse que me queria presente em mais oportunidades, que assistisse aos treinos. Eu em determinados momentos ia lá acompanhar, quando tinha possibilidade. Assisti a cinco ou seis treinos no máximo, acompanhei a dinâmica, como funcionava, muito interessante, até de organização de treino, com bom nível, intensidade, rapidez”, completou..
Ida do treinador para a França
Após, o profissional forneceu mais detalhes da troca de comando no time de General Severiano.“Quando acontece de ter a saída do Luís, após o jogo da Sul-Americana com o Magallanes, no dia seguinte eu tinha um jogo-treino contra o Olaria, acabou, vejo atravessando o campo nosso supervisor. Falou comigo que o pessoal do principal queria falar comigo. Disseram “precisamos que venha à tarde dar o treino porque o Luís está de saída”. “Está bom, vou almoçar e vou”. Preparei minha cabeça, precisava comandar o profissional, tinha dois treinos até o jogo. No fim do treino, tenho uma reunião com o diretor, fala que teve conversa com Textor e, por ter profissional do Lyon no Brasil, o Cláudio (Caçapa), ele ia integrar a comissão e iríamos tocar juntos.
Claudio Cacapa em sua passagem pelo Botafogo. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
“Sem problema algum, estou aqui como funcionário do Botafogo”. Ligamos para o Cláudio, nessa conversa falou que achava que não chegava até o meio da tarde, mantivemos o treino. Ele foi direto para o hotel, tínhamos a concentração, pessoalmente o conheci. Falei “estão acostumados a jogar de uma forma, vamos só manter”, passei o que preparei. Fomos para o jogo, ganhamos do Vasco. Depois me chama, fala “acho que vou ficar só quatro jogos, tenho que me apresentar ao Lyon”. “Se vai vir outro treinador, não tem por que mexermos em nada, depois outro profissional vai mexer”, contou.
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Além disso, para Lucio Flavio a história poderia ser diferente no certame naciona caso Caçapa assumisse o Botafogo após a saída de Bruno Lage. ”Hoje acho que sim, porque já conhecia o grupo nesse momento. Quando tinha recém-assumido o Molenbeek, era difícil sair. Até por isso não veio. Seria um primeiro nome, digamos assim. Acredito que tenha sido falado, mas estava há um ou dois meses, a Holding não faria movimento diferente. Por ter passado e vivenciado, conhecer o grupo, seria muito positivo”, finalizou.