Novo estatuto rejeitado
Nesta terça-feira (10) os sócios do Coritiba rejeitaram a aprovação do novo estatuto do clube através de votação. A principal mudança proposta seria a redução do número de membros eleitos do Conselho Deliberativo, de 160 para 120, mas essa alteração foi amplamente reprovada pelos participantes da assembleia.
No total, 3.873 sócios participaram da votação, e 81,62% dos votos válidos foram contra a aprovação, o que equivale a 3.135 pessoas. Apenas 18,3% dos votantes foram favoráveis, totalizando 706 votos. Diante dessa rejeição, o Presidente do Conselho Deliberativo do Coritiba, Jamil Ibrahim Tawil Filho, explicou quais serão os próximos passos do clube.
“Diante deste resultado, vamos fazer a convocação do Conselho Deliberativo para que possa avaliar e apresentar os próximos passos que o clube deverá seguir neste processo e reformulação”, declarou Jamil, deixando claro que o clube precisará repensar a reforma estatuária.
Processo polêmico
A proposta de mudança no estatuto estava em discussão desde a chegada da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) ao clube, quando o Coritiba vendeu 90% da sua SAF para a Treecorp Investimentos por R$ 1,1 bilhão, em maio de 2023. A intenção da nova gestão é modernizar a estrutura administrativa, e a reformulação do estatuto fazia parte dessa iniciativa.
Inicialmente, a votação do novo estatuto estava prevista para ocorrer no dia 30 de agosto, mas foi suspensa após um grupo de torcedores conseguir uma liminar na 12ª Vara Cível de Curitiba. Eles alegaram falta de transparência no processo de alteração do estatuto, porém o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) cassou a liminar, permitindo que a votação fosse remarcada e realizada nesta terça-feira.
Sócios acertaram em rejeitar novo estatuto?
Sócios acertaram em rejeitar novo estatuto?
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O processo de reformulação estatutária foi cercado de polêmicas, incluindo uma ação judicial que questionava a legitimidade da mesa diretora do Conselho Deliberativo. Jamil Ibrahim Tawil Filho havia assumido o cargo provisoriamente em dezembro de 2022, e alguns torcedores argumentavam que o processo não havia sido conduzido de forma correta.
Apesar das alegações, a desembargadora Astrid Maranhão de Carvalho Ruthes concluiu que os atos praticados pelo clube estavam em conformidade com o estatuto vigente.
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