Com a virada épica para cima do Palmeiras na final da Mercosul 2000, o Vasco ganhou a alcunha de time da virada, citada até mesmo em uma música da torcida cruzmaltina. Mas, nos anos recentes, outro clube fez jus a esse apelido: o Atlético-MG. O Galo se valeu de quatro viradas inesquecíveis para chegar a duas conquistas inéditas: a Libertadores da América e a Copa do Brasil.
A saga começou em 2013, quando o Atlético dirigido por Cuca e liderado em campo por Ronaldinho Gaúcho, na companhia de Victor, Bernard, Jô e companhia, sonhava com o título até então inédito da Libertadores. Já nas quartas de final, a equipe mineira começou a passar, junto ao seu torcedor, por fortes emoções. Na partida de volta, no Independência, o goleiro Victor defendeu com o pé esquerdo, pênalti cobrado Riascos nos acréscimos, e garantiu o time nas semifinais. E era só o começo do “Yes, we CAM” e o “Eu acredito”, criados pela torcida atleticana.
O Galo encontrou o Newell’s Old Boys na semi, e foi derrotado fora de casa por 2 a 0. Devolveu o placar no Independência, com gols marcados por Bernard e Guilherme. Nos pênaltis, Alecsandro e Guilherme converteram, assim como Scocco e Vergini. Depois, Jô e Richarlyson desperdiçaram, e contaram com os erros Casco e Cruzado para seguir vivos na disputa. Ronaldinho converteu e Victor defendeu cobrança de Maxi Rodriguez: Galo na final.
Foto: Pedro Vale/AGIF
O cenário se repetiu na decisão pelo título. Na ida, deu Olimpia 2 a 0. Na volta, Jô e Leonardo Silva garantiram o Clube novamente nos pênaltis, agora valendo o troféu da competição. Desta vez, o Galo teve 100% de aproveitamento nas cobranças. Alecsandro, Guilherme, Jô e Leo Silva foram às redes. Victor defendeu a penalidade batida por Herminio Miranda, e Gutierrez parou na trave. Atlético-MG campeão da Libertadores.
Foto: Wagner Meier/AGIF
Em 2014, o Galo foi buscar outra Taça nunca antes erguida na história do clube: a Copa do Brasil. E o improvável seguiu acontecendo. Novamente, com as fortes emoções ganhando vez nas quartas de final. O time mineiro, comandado desta vez por Levir Culpi, foi batido pelo Corinthians por 2 a 0, fora de casa. E piorou quando o adversário abriu o placar no Mineirão. O Atlético precisava de quatro gols para avançar. Luan e Guilherme descontaram ainda na primeira etapa. Guilherme voltou a marcar no segundo tempo, já aos 30’ do segundo tempo, e Edcarlos virou o jogo, aos 43’.
E a história se repetiu na semifinal. O Galo saiu do Maracanã derrotado por 2 a 0 pelo Flamengo, e viu Rubro-Negro sair na frente no Mineirão. O filme se repetia. E o final também: Carlos descontou, Maicosuel virou o placar aos 12 minutos do segundo tempo. E depois, ficou tudo para os momentos finais. Aos 36’, Dátolo ampliou e fez a torcida acreditar ainda mais. Até que Luan, aos 40’, fez o quarto e colocou o Clube na final. Na decisão, o Atlético-MG levantou a Taça ao passar pelo rival Cruzeiro.
Matéria produzida por: Yan Tavares