As Sociedades Anônimas de Futebol (SAF) têm ganhado cada vez mais espaço no futebol brasileiro nos últimos anos, tendo se tornado uma tendência entre os principais clubes do país. Essas empresas funcionam como ‘clube-empresa’, ou seja, uma forma de profissionalização da gestão do futebol, que pode levar a uma série de benefícios para o esporte.

Uma das principais vantagens das SAF é a possibilidade de atrair investimentos externos para os clubes, permitindo uma maior capacidade de investimento em áreas como infraestrutura, contratação de jogadores e estruturação das categorias de base. Isso pode ser fundamental para aumentar a competitividade das equipes brasileiras em relação a clubes de outros países.Grandes clubes nacionais, como o Bahia, aderiram ao novo modelo de gestão, que tem como principal objetivo profissionalizar a gestão do futebol.

O Cruzeiro foi o primeiro clube a entrar no modelo de SAF, com a surpreendente aquisição feita por Ronaldo Fenômeno. Em seguida, Botafogo e Vasco, respectivamente com John Textor e 777 Partners, também aderiram. O Bahia tem o Grupo City como dono de 90% do seu futebol.Em meio à mudança de panorama dos clubes, que conviviam com crises administrativas, financeiras e táticas, um documentário chamado “A Virada” foi produzido pela Globo e exibido no SporTV e no Globoplay.

Com a presença de Ronaldo Fenômeno, o foco deste trabalho audiovisual é expor como esta nova tendência administrativa emergiu no cenário brasileiro. Há quem critique a adoção das SAF no futebol, argumentando que elas podem levar a uma descaracterização dos clubes e à perda da identidade cultural do esporte. Alguns também temem que a presença de investidores externos possa comprometer a independência dos clubes em relação a interesses financeiros.

Na visão de Ronaldo, o Grupo City junto ao Bahia poderá consolidar investimentos e, ao mesmo tempo, preservar a tradição cultural do clube. Com suas palavras, o ex-jogador e dono do Cruzeiro afirmou: “A gente (no documentário) fala muito da SAF, desse novo momento do futebol brasileiro, com gestão profissional. A gente fala sobre Botafogo, o Vasco, o Bahia”, iniciou.

“O Bahia, inclusive, que não tinha essa situação caótica financeiramente, não tinha dívidas como Cruzeiro, Botafogo e Vasco, e preferiu fazer um projeto com o Grupo City que com certeza vai ser incrível. No documentário, também falamos sobre as dificuldades e as mudanças que o futebol brasileiro vai enfrentar no choque de gestão”, explicou Ronaldo em participação ao programa ‘Boleiragem’.