Na última terça-feira (18), o Fluminense venceu o The Strongest-BOL por 1 a 0, com gol de Nino, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Conmebol Libertadores. A reação da torcida no Maracanã comemorou a conquista dos três pontos na competição, que trouxe a liderança da chave e os 100% de aproveitamento na competição. Foi uma vitória muito importante para o time, que mostrou muita garra e determinação em campo.

Recém-campeã do Carioca, a torcida do Flu está animada e confiante na continuidade do trabalho desempenhado por Fernando Diniz. Caracterizado pela busca constante pelo ataque e pela posse de bola, o “Dinizismo” valoriza a ousadia e a criatividade em detrimento da estratégia defensiva. Desde quando atuava na equipe do Grêmio Audax (SP), Diniz defende a implementação de um jogo agressivo e de alto risco.

A coluna “Dinizismo e Psicodelia”, publicada no portal UOL ontem (18) e assinada pela jornalista Milly Lacombe, abordou a trajetória do técnico Fernando Diniz no futebol e sua influência na maneira como algumas equipes jogam atualmente.

Ao longo do texto, a autora destaca a ousadia e a criatividade tática de Diniz, que busca propor uma estética ofensiva e envolvente em seus times. Para Lacombe, o estilo do treinador se aproxima da “Psicodelia”, conceito que remete à experimentação e à liberdade de criação. Com suas palavras, Lacombe publicou:

“Críticos dirão que é exagero. Que estou tomada por hipérboles. Que enlouqueci. Pois insisto: O Dinizismo abre nossos portais da percepção (Salve Aldous Huxley). Dinizismo é uma forma de sentir o jogo mais do que jogar ou analisar o jogo. Dinizismo não fala de números, passes certos, assistências e nem mesmo de percentual de posse de bola. Esqueçam as objetividades. Fechem os olhos e sintam. É a massa em transe na arquibancada. Escutaram? É aquela cena de Guerra nas Estrelas em que Luke Skywalker é orientado a desligar as máquinas e seguir a intuição. É o sagrado diálogo entre time e torcida”, iniciou.

Ainda sobre as percepções de Lacombe sobre o ‘Dinizismo’, a colunista completa: ‘É movimento, deslocamento, criatividade. É a insistência pelo gol a despeito do placar. É pura meditação: viver no presente, nesse instante, nas múltiplas camadas do agora. É anti-ChatGPT, anti-algoritmo, anti-sistema. É toque de bola.É Brasil – o Brasil das frestas, do samba, da capoeira, das rezadeiras, dos terreiros. Podem tentar explicar quanto quiserem”, acrescentou.

“Tentem colocar em dados, planilhas. Falem de performance, processos, gestão. Acabem-se na busca de colocá-lo em uma caixa e rotulá-lo. Quem entendeu o Dinizismo não sabe explicá-lo. Quem sabe explicá-lo não entendeu. Wabi Sabi. Futebol a gente não vê; futebol a gente sente (salve Sergio Vaz). Foi só um a zero contra o fraco The Strongest, dirão os fixados nas objetividades. Esqueçam o placar: foi muito mais do que isso. Foi amor em estado puro. Vida longa ao Dinizismo”, conclui Lacombe.